tag:blogger.com,1999:blog-63020514284147961262024-03-08T08:57:34.428-04:00blog do Saulo Cruz Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.comBlogger76125tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-69251269768538763962017-09-04T09:47:00.002-04:002017-09-04T09:48:33.278-04:00COMO SER UM NERD NO RIO DE JANEIRO DOS ANOS DE 1990<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-FJDUya5IJxs/Wa1ZcXErLvI/AAAAAAAAES4/5LjXPpEaw5QaXk6rXjy5HuQBcTtuWRovQCLcBGAs/s1600/dd.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="570" src="https://3.bp.blogspot.com/-FJDUya5IJxs/Wa1ZcXErLvI/AAAAAAAAES4/5LjXPpEaw5QaXk6rXjy5HuQBcTtuWRovQCLcBGAs/s1600/dd.jpg" /></a></div>
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(Ou: Como Fui Salvo Pela João Barbalho) </div>
</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
Ir pra escola era uma tortura. Eu apanhava, era sacaneado, tinha medo de que fizessem coisas realmente ruins comigo. Fugia, dizia lá em casa que tinha ficado doente. Mamãe trabalhava fora, facilitava faltar as aulas. Naquela época a Sessão da Tarde vivia seu tempo de glória. Passavam Caça Fantasmas, Robocop, Um Príncipe em Nova Iorque. Foi assim que perdi voluntariamente um ano de vida no educandário. Evadi. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
Minha família havia se mudado de Brasília pro Rio de Janeiro. O primeiro destino Ilha do Governador. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
Brasília é um anti-Rio de Janeiro: árvores esparsas e esquisitas do Cerrado em oposição à vegetação deslumbrante da Mata Atlântica. Uma cidade nascida do triunfo da vontade patriota - alguns falam de um mérito religioso-profético. Brasília é pura teimosia às margens de um lago artificial. O Rio é um sonho de montanhas mágicas com vista pro mar infinito. Residência da Coroa Real Portuguesa, ex-Capital do País… não é à toa que o carioca é bairrista. As crianças sabem dessas coisas todas, a nível subconsciente. Fui zuado por ser o estrangeiro do planeta alienígena.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
O pacote direito do garoto carioca: ser expansivo, gostar de praia, artes marciais e surf. Correr atrás das garotas, adorar samba e tocar pandeiro. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
O pacote esquerdo do garoto carioca: andar de preto no calor de 40 graus. Ficar horas discutindo quem seria o vencedor de uma luta entre Batman e Capitão América. Assistir a então riquíssima MTV em UHF. Pirar com Get It Away do Red Hot Chili Peppers. Dar uns rolês de noite, mesmo com os tiroteios. Considerar garotas seres míticos que conversam com unicórnios. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
Claro que eu fazia parte da turma canhota. Com 13 anos não sabia ainda. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
Novamente na estrada, fomos pra Ramos, um subúrbio tocado pelo gigantesco Complexo do Alemão. O ciclo das perseguições, joelhadas na barriga e tapas na orelha parecia pronto pra recomeçar.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
Mas uma coisa aconteceu. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
Ao descer para o intervalo das aulas vi uma cartolina no mural de recados da escada. Era alguma coisa tipo “DUNGEONS AND DRAGONS, turma de RPG aos sábados”. O que mais me impressionou era que não era jornal, impressão ou xerox. Alguém talentoso havia desenhado um dragão incrível lutando com um cavaleiro de escudo e espada. Fiquei muito empolgado.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
Foi na Escola Municipal João Barbalho que descobri o mundo em que queria estar. A diretora, Dona Janete, providenciava dinheiro pra que os próprios alunos abastecessem o acervo da biblioteca - pedia um recibo e mais nada. Não tinha censura aos títulos. Foi assim que comecei a desfrutar da leitura. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
Nosso foco eram livros de “interpretação de mesa”, ou RPG - Role Play Game. Os mais bacanas estavam em inglês e a gente se esforçava pra entender. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
Era uma galerinha com alguns anos a mais que a gente, um pessoalzinho bem esquisitinho que me influenciou.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
O ENRICO era o desenhista que fez o cartaz de “RPG aos Sábados”. Era um filhinho de mamãe até que deixou o cabelo crescer, passou a se vestir de preto e usar coturno. Entregava 3x4 pra meninas com seu telefone escrito atrás. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
O CLEBER era um nerdzão clássico. Outro desenhista virtuoso. Só que a pegada dele era japonês, anime. Usava um óculos redondo e sua mãe era danada com “essa história de RPG”: embora um rapaz genial, tinha notas medíocres em todas as matérias. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
O RONDINELE era o cara estranho do recreio. Ficava encostado na parede, no fundo do pátio, calado. Diziam que ele era um lobisomem. Foi o primeiro mestre de RPG que começou uma narrativa moderna, pós masmorras e monstros. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
O “MOCAVIANO” era muito alto. Acho que sua mãe era professora particular, dava aulas no quintal de sua casa. Ele tinha um quadro onde ele resolvia altas equações de dar nó no cérebro. Tinha olhinhos miúdos por trás dos óculos fundo de garrafa e dentes horrivelmente tortos. “Mocaviano” era um apelido derivado do clã dos Malkavians, vampiros anarquistas do universo do livros de “A Máscara”. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
Não demorou até eu mesmo instigar aquelas maluquices entre os meus próprios colegas. Logo, toda a minha turma estava envolvida em “jogos de interpretação”. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
A contra reforma viria em seguida: católicos, secularistas, testemunhas de Jeová e outros evangélicos de todas as matizes apareceram pra nos atacar. Pra essa gente nós todos havíamos nos tornados satanistas, mexendo com ocultismo, abrindo portas para drogas, sacrifícios de animais e rituais pagãos à luz da Lua. </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
Mas isso já é outra história… </div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-48677686143817150022015-08-23T14:48:00.001-04:002015-08-23T14:48:06.427-04:00Texto Atrasado Pro Dia Mundial da Fotografia ;-)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-GVl088msSA8/VdoVEyyk1PI/AAAAAAAAB70/uD3fgOt7oMI/s1600/_MG_1756.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://3.bp.blogspot.com/-GVl088msSA8/VdoVEyyk1PI/AAAAAAAAB70/uD3fgOt7oMI/s320/_MG_1756.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 9px; line-height: 12px;">Foto: Alessandro Dias. Casamento da Aline & Arthur</span></div>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">“Essa porra de Muralha da China é só isso aqui, esse bando de pedra? Já ví tudo, quero voltar pro hotel” … foi o que disse meu querido amigo & cinegrafista genial, Pérsio Cavalcanti. E caiu a ficha do sonho que estávamos vivendo em 2008. A viagem divisora de águas em minha vida, quando pensei “caraca, essa parada de se fazer fotografia é muito </span><i style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">lôca</i><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">”. Estávamos em </span><i style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Beijing </i><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">para registrar os Jogos Paralímpicos daquele ano. </span><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Mas não escolhi ser fotógrafo. Quando criança queria ser detetive ou motorista de caminhão de lixo. A fotografia me encontrou quando servi o Exército. Não tinha ideia de algum dia me envolver nessa área. Num universo de 400 pessoas fui o que chutou que </span><i style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">ASA</i><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"> se referia a valor de sensibilidade de filme quando perguntado pelo capitão da nossa companhia. E, após o treinamento básico de lama na cara e noites acampadas, segui para o setor de comunicação daquela organização militar. Havia uma vaga aberta para fotógrafo. </span><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">O que antes era um emprego em que procurei meu sustento transformou-se em um deslumbramento. Poderia trabalhar de graça, apenas pelo espaço de estar diante de coisas que jamais tive ideia que presenciaria.</span><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><i style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">“As pessoas tem diários on-line, contam suas vidas através de imagens” Kazuo Okubo.</i><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Rá. Foi difícil entrar pra essa profissão. Saí do exército para trabalhar pro Jorge Campos. Foi o momento de fazer merdas I N C R Í V E I S. Tomei broncas É P I C A S. O “Seu” Jorge perseguia avidamente todas as novidades da então recentíssima e nebulosa fotografia digital. A revolução estava começando, o mundo analógico em agonia - embora se risse dos míseros 6 megapixels de nossas então "poderosas” câmeras contra os 36 da película de 35mm. O salto para questões binárias vinha cheio de dúvidas e medos. Como tudo que nos é desconhecido. </span><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">O Luis Carlos Xavier, meu outro chefe, foi quem me deu a oportunidade de empunhar uma câmera. Foi o início da aventura que me transformou em quem sou hoje. </span><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Tenho um encantamento mágico pelo ofício fotográfico. É o nicho mais democrático que conheço: negros, índios ou quaisquer etnias podem ser fotógrafos. Mulheres ou as diversas formas de sexualidade podem exercer a profissão sem quaisquer preconceitos. Pessoas com deficiências, inclusive cegos, podem se tornar fotógrafos. A difusão de informação e a popularização dos equipamentos fez com que qualquer um tivesse acesso a uma câmera. Seja em celular ou uma semi-profissional de qualidade mirabolante ( custo X benefício excelente ). Existem todos os mercados possíveis. Desde books a 80 reais com entrega na hora a casamentos monumentais em Roma com o fotógrafo feito </span><i style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">paparazzi </i><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">particular. </span><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><i style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">“A fotografia é a chave para todas as portas do mundo” - Emilliano Capozoli. </i><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Conheci de forma profunda nosso Judiciário pois vivi lá dentro, pude registrar a liturgia da justiça. Amadureci minha visão de esquerda e direita quando estive no Legislativo. Percebi que entre o vermelho e o azul existem escalas quase infinitas. Através do Executivo pude viajar pelo país e conferir a grandeza continental do nosso Brasil. Ví nossa terra produzindo tudo, sustentando tudo. Agronegócio, hortifrutigranjeiros, cana de açúcar e nossas estradas na vazão de tudo isso, nossos portos carregados de riquezas a exportar pro mundo inteiro. Estive lá encarregado de levar a outros olhos o que contemplei. </span><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">É de tirar o fôlego. </span><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">E, além desses assuntos, tive chance de fazer uma fotografia muito especial que é a de esportes. Conheci os paralímpicos que - naquele instante - estavam a deixar de ser pessoas em processo de inclusão social para serem vistos como atletas de alto fim a carregar o país nas costas em busca de ouro, prata e bronze. </span><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Hoje fotografo nossos atletas olímpicos. É fascinante. </span><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Ainda me emociono com tudo o que aparece pela minha frente. Seja a luz do final do dia com seu toque de Midas, transformando paisagens em ouro até a união entre duas pessoas que acreditam no amor que tem um pelo outro. </span><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">E continuo assim, na expectativa de onde a Fotografia - essa garota louca e imprevisível, que me seduz todos os dias - vai me levar. </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-53357960022894713042015-06-21T13:47:00.002-04:002015-06-21T13:47:50.092-04:00Nossa Vida e a Mitologia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-AiD6vnyb-EM/VYb4UgXtLMI/AAAAAAAABzw/rrIdI9vWFqE/s1600/74%2B%2Bnossa%2Bvida%2Be%2Ba%2Bmitologia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-AiD6vnyb-EM/VYb4UgXtLMI/AAAAAAAABzw/rrIdI9vWFqE/s320/74%2B%2Bnossa%2Bvida%2Be%2Ba%2Bmitologia.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando a gente pensa em
mitologia logo aparecem os deuses gregos com suas paixões, fúrias e
poderes em pinturas e esculturas deslumbrantes. Os desafios dos
heróis ajudados ou atrapalhados por seres extra-humanos.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A mitologia é pop,
está em todos os lugares. Quem não lembra do clássico
<i>sessãodatardiano</i> "Fúria de Titãs" com seus
bonequinhos de <i>stopmotion</i>?
A <i>Disney</i> com seus desenhos do Hércules (bonitos e positivos).
Onze entre dez <i>nerds</i> recitam Guerra nas Estrelas como mantras
existenciais (cujo cenário muda do Olimpo para mundos alienígenas
mas a estrutura da história permanece igual aos contos gregos).
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tudo muito bonito. Mas
se for pegar no original deixam de ser historinhas pra criança.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Seguem alguns mitos que
podemos aplicar no dia a dia, hoje, ontem, amanhã e sempre. Pq os
mitos são eternos e universais, explicam a alma humana através de
símbolos cuja programação está em nossos mais íntimos desejos e
vontades. Antes mesmo de nosso nascimento, a coisa já está lá,
gravada em nosso <i>chassi</i> cerebral.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>nota 1 de 5: sem
teorias da conspiração, galerinha. É Carl Jung & Joseph
Campbell & física quântica & matemática abstrata &
neurologia da pesada, gente!! </i>
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">nota 2 de 5: os
livros reunidos na Bíblia são também bastante assustadores, pois
tratam-se - assim como os compêndios mitológicos gregos,
anglo-saxônicos, pré-colombianos, etc, etc - de guias de virtudes,
ética e moral apresentados sob forma de histórias de dúvida,
violência, destruição, inveja e tantos sentimentos que todos nós
temos vergonha de assumir mas enfrentamos todos os dias.</span></i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">nota 3 de 5: rá!!
Exceção perene: a Dad Squarisi faz uma tradução fascinante desse
universo de paletas adultas para cores infantis</span></i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então vamos lá:
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">#Ulisses e a
Arrogância</span></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ulisses é a
representação do herói maduro. Idoso, que precisa usar de
inteligência e estratégia pra passar pelos obstáculos. Depois que
bolou o Cavalo de Tróia e venceu a guerra, se sentiu foda demais. O
MÁXIMO. Tanto é que afirmou que não precisava mais dos deuses.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">nota 4 de 5: os
seres do Olimpo representam os poderes da natureza, as leis da
física, o movimento dos astros, as dimensões existentes. Ou seja,
não é legal ir de encontro às leis do universo. É como se eu
quisesse, teimoso, me manter jovem para sempre. Isso não existe,
serei punido - ou terei uma grande decepção - em enfrentar algo
cujo poder está além de qualquer possibilidade humana: o tempo.</span></i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Poseidon, o Deus dos
Mares, soube dessa malcriação do Ulisses. E deu seus pulinhos para
que o retorno de Ulisses, através de seus domínios, fosse o mais
"agradável" possível... he he he
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>#Ulisses e a
Procrastinação </b>
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com Poiseidon em seu
encalço, Ulisses pegou uma onda sinistra e naufragou numa ilha onde
havia a ninfa Calypso que o seduziu.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A vidinha na ilha era
até bacana. Com um bosque lindo, cheio de comidas gostosas + uma
garota bonita lhe paparicando, Ulisses foi ficando, ficando ficando
... e quando viu passaram-se muitos anos.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Somente quando se
lembrou quem era, seu destino, sua esposa, seu filho e sua pátria
que Ulisses decidiu sair daquela "zona de conforto".
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hoje temos tantas
coisas divertidas - "mercado do entretenimento" - que nos
tomam horas e horas e dias e dias e anos e anos de nossas vidas.
Mergulhamos fundo nessas coisas. Parece bom porque um dia após o
outro nos dá a ilusão da eternidade. E ninguém sabe quando vai
morrer. Pode ser no mês que vem ou daqui à duas ou três horas.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aí o Ulisses aprendeu
a lição e ficou esperto pro próximo perigo, quando sabia que
encontraria as sereias.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">nota 5 de 5: as
sereias são a representação da perfeição material. Através do
canto nos encantam. Vamos como moscas em direção às lâmpadas
incandescentes.</span></i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ele se amarrou no
mastro de seu navio para resistir ao canto das sereias. Sabia que
iria fraquejar. Aqui o mastro significa princípios, elevação
moral. A melodia das sereias pode ser dinheiro, vício ou qualquer
coisa que a gente mente que é descolada e justifica como coisa boa,
quando é, na verdade, uma merda que nos atrasa a vida.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">#Ciclo do Rei Arthur
& Feminismo</span></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Gawain era um dos mais
gatinhos da Távola Redonda e também dispunha do prestígio de ser
sobrinho do Rei Arthur. Certo dia foi desafiado por Ragnel, uma bruxa
horrível de feia, com uma profecia nas mãos: o reino de seu tio
iria acabar. Mas havia um jeito de desfazer esse destino se
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A) Ele respondesse à
pergunta <b>O QUE A MULHER + DESEJA NO MUNDO? </b>
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">B) Ele se casasse com
ela.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O lance foi que o
cavaleiro não achou a resposta e teve que se casar com a megera.
Todos no reino lamentavam o matrimônio mais estranho que haviam
presenciado. Na noite de núpcias, Gawain seguiu triste para o quarto
onde sua esposa repousava. Abriu a porta e teve uma surpresa: lá
estava uma gatinha muito gata.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> - o que aconteceu com
Ragnel? perguntou Gawain se segurando em seu robe de núpcias.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> - Eu sou Ragnel, disse
ela. A jovem respondeu-lhe com um sorriso doce, que, como ele havia
se mostrado honrado, metade do tempo ela se apresentaria com um
aspecto horrível e a outra metade com aspecto de donzela. Essa é
sua maldição. E depois perguntou:
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> - Qual você prefere
para o dia e qual você quer para a noite?
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Gawain pensou: "eu
poderia ter uma jovem adorável durante o dia, para exibir a meus
amigos e, à noite, na privacidade de meu quarto, uma bruxa
espantosa. Ou ter uma bruxa de dia e uma linda mulher nos momentos
íntimos".
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E disse:
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> - Aceitei-me casar
contigo pela maneira que você é. Portanto, acatarei sua decisão.
Você deve escolher por si mesma.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nesse momento - PLIM
!!! - o encanto se quebrou e Ragnel seria linda de dia e de noite.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pq o que todas as
mulheres desejam é a emancipação, a soberania sobre sí.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> * * *</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Palestra COMO VIVER O
MITO da Professora Renata Peluso, da Nova Acrópole, 20/06/2015</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">interpretação livre
de minha parte. :-) </span></div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-29182283223205823842015-02-11T16:52:00.003-03:002015-02-12T08:01:02.719-03:00Meu Esquema de Trabalho como Fotógrafo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://farm8.staticflickr.com/7362/16315833128_f81e920630_h.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://farm8.staticflickr.com/7362/16315833128_f81e920630_h.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa é a configuração básica que carrego pra resolver a maioria das pautas em que trabalho. </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Carrego duas câmeras (ui, coluna!): uma com sensor em formato DX (menor) e outra com sensor full-frame (maior). A câmera DX está sempre na minha mão, com uma lente 28-200mm + um flash dedicado montado. É a câmera que uso no momento social, quando preciso de uma foto rápida. Sacar e disparar. Ou quando a sombra está me prejudicando.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">(e também porque tenho uma lente 10-17mm que só funciona em sua plenitude super grande angular nesse formato de sensor. Adoro essa lente. A fotografia com lente "olho de peixe" tem se popularizado com a chegada da GoalPro)</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Para a câmera full frame faço uma foto mais fina, discreta, sem flash, com luz ambiente e pouca profundidade de campo: uso uma tele 80-200mm sempre em f2.8 e uma 50mm sempre em f1.8. Adoro as fotografias produzidas por essas lentes por causa da tridimensionalidade que a abertura grande proporciona. O foco no ponto marcante da imagem e tudo o mais que é coadjuvante fica desfocado, um borrão de cores ou o bokeh difuso das luzes. </span>Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-72737807459101567902015-02-08T14:48:00.000-03:002015-02-08T14:48:03.115-03:00Um Livro Egoísta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.outrapagina.com/blog/wp-content/uploads/2013/05/aidade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.outrapagina.com/blog/wp-content/uploads/2013/05/aidade.jpg" height="320" width="220" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
“(...) nos demos
conta de que temíamos as coisas erradas: o buraco na camada de
ozônio, o derretimento das calotas polares, o vírus do oeste do
Nilo, a gripe suína e as abelhas assassinas. Mas acho que aquilo que
preocupa nunca é o que acontece, no final das contas. As catástrofes
reais são sempre diferentes – inimagináveis, desconhecidas,
impossíveis de prever.”
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Nessa interessante
ficção contemporânea de <i>Karen Thompson Walker</i>, a vida em
nosso mundo está terminando por causa da desaceleração da rotação
do planeta. E, em forma de diário, a protagonista nos conta os
efeitos da progressão das costumeiras 24 horas em dias de mais uma
semana de duração...
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O fenômeno é
intransponível. Resta tentar sobreviver dia a dia, entre os que
tentam levar a vida de forma normal, seguindo o horário antigo e os
que buscam se adaptar aos longos dias de radiação solar e as noites
de duração gelada.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Nossos dramas íntimos
tem a mesma importância que as piores tragédias da humanidade -
principalmente quando a gente é adolescente. E o livro é escrito
nesse tom, de histórias paralelas: a destruição do mundo e a
destruição da infância.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
“talvez tivesse
começado antes da desaceleração, mas só depois fui me dar conta:
minhas amizades estavam se desintegrando. Tudo estava desmoronando.
Foi uma travessia difícil aquela, da infância para uma próxima
vida. E, como em qualquer outra dura jornada, nem tudo sobreviveu”.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O texto é claro,
direto e honesto. E egoísta: depois que comecei não consegui dar
atenção às outras leituras até que “A Idade dos Milagres”
estivesse concluído. Excelente livro. </div>
<br />Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-19145521755872404182015-02-01T23:52:00.002-03:002015-02-01T23:52:48.120-03:00BATMAN & CONAN da década de 80<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não
tenho televisão em casa. Embora acredite em magia & hipnotismo o
que mais me assusta é a publicidade. E a tevê é uma porta para os
condicionamentos mentais que as campanhas publicitárias nos induzem.
Tudo muito gentil e sugestivo. São plantadas em nossas mentes
sementes de <i>insatisfatoriedade</i>: não temos o que queremos. E
se temos, tememos o dia em que podemos perder. Antes dessa
descoberta/teoria da conspiração eu AMAVA com a força de todos
meus poros o televisor. Ficava acordado até muito tarde pra assistir
as estreias na TV aberta através da Tela Quente, sempre às segundas
na Globo. Dormia antes de chegar ao final e, tempos depois, quando a
continuação já era exibida nos cinemas era a vez da Sessão da
Tarde reapresentar a película. Matava aula com qualquer desculpa
para ver de dia o filme cortado e formatado pra caber na grade
horária de forma que não interferisse no horário da próxima
atração (uma minissérie importada ou hoje a eterna novelinha <i>teen</i>,
celeiro de novos talentos do PROJAC, a sempre carioca Malhação). </span></span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Apesar
disso, de vez em quando mergulho na televisão, tipo quando estou na
casa de alguém. Na tarde de sábado foi impossível emergir da
realidade (?) traduzida pelos diodos
emissores de luz<i> – ou LED</i>. Fiquei preso ao sofá. Os
safados do canal FX exibiram duas pérolas dos anos dourados de minha
infância dos anos 80: <i>Batman e Conan, o Destruidor.</i></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black;">O
Batman do </span><span style="color: black;"><i>Tim Burton:</i></span><span style="color: black;">
o homem morcego de borracha contra o colorido Coringa, um “artista
do crime”. Parece o velho seriado dos anos 60 com ares góticos
acrescentados pelo diretor. </span><span style="color: black;"><i>Michael
Keaton , </i></span><span style="color: black;">o
cara engr</span><span style="color: black;">açado que fez o
</span><span style="color: black;"><i>Beetlejuice</i></span><span style="color: black;">
(d'Os Fantasmas se Divertem) assumiu </span><span style="color: black;"><i>Bruce
Wayne...</i></span><span style="color: black;"> Rá! Ainda bem que não
existiam redes sociais na época. </span><span style="color: black;"><i>Jack
Nicholson</i></span><span style="color: black;">, pelo contrário, está em
casa: o Coringa é mais uma carta em seu baralho de loucos (Um
Estranho no Ninho, O Iluminado, Melhor é Impossível, etc). O
rostinho da época, </span><span style="color: black;"><i>Kim Basinger
</i></span><span style="color: black;">atua como Vick Vale, a fotógrafa (o
glamour dessa profissão empresta ainda mais charme à personagem).
A trilha sonora do </span><span style="color: black;"><i>Prince</i></span><span style="color: black;">
dá uns toques de futuro do pretérito, com seu rap, guitarras e
sintetizadores. Tudo se encaixa. </span></span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Conan,
o Destruidor, um filme de macho: personagens rigidamente
arquetípicos, cada um no seu quadrado, sem quaisquer nuances
psicológicas ou tridimensionalidade. <i>Cartoons</i> em preto e
branco. Tem o Bárbaro (forte, estúpido e prático), o Ladrão
(medroso, fraco e cleptomaníaco), o Bruxo (místico, letrado e
curandeiro), a Guerreira (determinada, agressiva e honrada), o
Guarda-costas (protetor, fiel e preocupado) e a Virgem (inocente,
intuitiva e bonita). O Mago do Mal cujos feitiços são o reflexo de
sua personalidade: produzir um monstro simiesco escondido nos
espelhos do ego (sua derrota é justamente a quebra de suas imagens
refletidas). </span></span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se
há alguém que ofusca a interpretação (?) da montanha de músculos<span style="font-size: small;"><i><b>
</b></i></span><span style="font-size: small;"><i>Arnold
Schwarzenegger</i></span><span style="font-size: small;"><i><b>
</b></i></span>é <i>Grace Jones</i> que, com caras &
bocas & urros & gritos transmite mais que mil palavras. </span></span>
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No
final todos que acompanharam a Princesa Virgem recebem convites para
integrar, em altos postos, o reino da agora Rainha Virgem (rá! Até
o ladrão ganhou uma boquinha: se tornou o <i>Bobo da Corte</i>). <i>Só
pra contrariar,</i> Conan recusa a oferta de desposar a Rainha. Vai
embora do salão e termina o filme na imagem clássica da névoa
vermelha com o bárbaro entronizado. Com a promessa que sim, ele
ainda virá a se tornar rei. Grande filme. </span></span>
</div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-21434650054271675022015-01-18T13:07:00.000-03:002015-01-18T13:07:18.744-03:00Youtube no Telemóvel<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em
meu primeiro contato com o computador tive a impressão que aquela
máquina parecia o Deus do Velho Testamento: ele ditava uma porção
de regras e não tinha nenhuma clemência. Não faz muito tempo. As
telas eram basicamente televisores pesados e os teclados
monstruosidades cujos comandos eram combinações herméticas como
rituais de magia. Haviam os "xamãs da computação", como
era o caso do meu brilhante amigo Marco Aurélio. Ele era nosso
mestre pq conhecia os signos complexos de uma língua mais antiga que
o pacote <i>Windows</i> que estávamos assimilando: programação
<i>COBOL</i>. Marcão era um gênio e eu apenas mais um dos
deslumbrados com a inclusão digital. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acompanhávamos
com grande entusiasmo as novas atualizações da companhia do <i>Bill
Gates</i>, flertávamos com <i>Linux</i> (por ser <i>underground</i>,
libertário, a antítese da computação capitalista). Acreditava que
o final dessa evolução, após tantas transformações em
pouquíssimo tempo, era o computador portátil, o laptop. Uma maleta
que se transformava numa máquina de escrever com uma tela fina. Em
que se poderia trabalhar em qualquer lugar, levar consigo seus
softwares, suas músicas, tudo. O ápice da informática. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O
negócio não parou poraí. Os telefones celulares foram ficando cada
vez mais populares a medida que ganhavam mais transístores e o
acesso à internet melhorava. São os <i>smartphones</i> ou
"telefones inteligentes". </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pois
foi mexendo hoje de manhã no meu <i>telemóvel </i>(que não é o
melhor, muito menos <i>iPhone</i>) que descobri que o <i>Youtube</i>
é + um aplicativo pré-instalado em seu sistema operacional. Ao
logar com minha conta do Grande Irmão <i>Google</i> ele me
apresentou, em forma de <i>playlist</i>, todos os videoclipes que
curti ao longo de toda minha vida <i>on-line</i>. Fantástico.
Coloquei em modo aleatório e apertei o <i>play</i>. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Olha
o que rolou: </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"<i>Say
That</i>" do Toro Y Moi. Comecei a ouvir esse maluquinho pq ele
se parece DE MA IS com o Megarom, um amigo que, por mais uma
coincidência, tb é artista da música. Acabei gostando dos
trabalhos dele e acompanho. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"<i>Her
Ghost in The Fog, Live</i>" do <i>Cradle of Filth</i>. A gente
levava várias madrugadas pra baixar as coisas no tempo da internet
discada. "<i>Her Ghost in The Fog</i>", o clipe original,
foi proibido na maioria das MTVs do mundo. <i>Heavy Metal</i>
supostamente satânico com pitadas de gótico. E é claro que a gente
queria saber do que se tratava!! </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Fricote"
do Art Popular. "Você é meu amor/Te quero de novo/Te ensino a
fricotar/Fricote do fofo/Eu vou te lambuzar/De água-de-coco/Bumbum
pa ti cumbum/Fricote do fofo". Como que quem nunca foi a show
algum, não comprou o disco, não ouviu em casa e, mesmo assim, sabe
a letra?</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">RÁ!
Entre um clipe e outro, uma propaganda de Curso de Hebraico. Como
eles podem saber que essas coisas podem me interessar? A coisa mais
bacana do mundo <i>on-line</i> é justamente o maior perigo:
algoritmos espiões sobre tudo o que você escreve, lê e
compartilha. Pra gerar a navegação mais individualizada possível.
E também para criar um perfil de quem talvez você não seja (por
exemplo: se eu passo horas lendo textos sobre islamismo não quer
dizer que eu seja muçulmano. Ou que queira explodir alguma coisa -
são conclusões precipitadas que não tem a ver com a religião que
é bela como todas são. Mas os algoritmos, o FBI ou a ABIN tiram
suas próprias conclusões...)</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Segue
a lista: </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Solo
Concert Tokyo</i> 1984 - <i>Keith Jarrett</i>. Cara, esse cara faz
umas caras muito engraçadas quando está tocando sua belíssima
melodia no piano. Faz as caras que a gente faz quando tá transando.
Ou seja, só se pode imaginar que a música pra ele é um ato de
amor. É profundo, é dinâmico, é sentimento e são encantadas
composições. Respeito e admiro. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"<i>Give
It Away</i>" do <i>Red Hot Chili Peppers</i>. Esse foi o
primeiro videoclipe que ví na MTV brasileira, recém inaugurada,
sinal aberto em UHF lá no Rio de Janeiro. Um tapa na cara: aqueles
caras super enérgicos, pintados de prata, dançando vestidos de
entidades(?) em um deserto de solidão e calor. Letra anarquista, com
versos tão truncados quanto é nossa (in)capacidade de interpretar
arte inédita. Morávamos no Complexo do Alemão e quando tocava na
TV largávamos o que que fosse que estivéssemos fazendo pra ver mais
uma vez o clip daqueles doidos. O máximo de interatividade era o
programa do Cazé, o Teleguiado MTV. Não tínhamos telefone então o
que podíamos fazer era torcer pra que alguém pedisse "<i>Give
It Away</i>". E hoje é diferente. Hoje a gente tem acesso a
qualquer conteúdo. Na mão com um ou dois cliques. :-) </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Deveria
falar alguma coisa sobre os Tablets. Foram um salto maravilhoso
também. Mas eles merecem um texto a parte. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">:-)</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-80990066273242118882015-01-15T17:31:00.003-03:002015-01-15T17:33:28.208-03:00Sol. Mar. Praia. Família. E livrinhos – Recesso 2014/2015<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-zzRe8cy5gNI/VLgjPbILkQI/AAAAAAAABlc/F0YG2nSU6Ns/s1600/Malha%C3%A7%C3%A3o%2Bdas%2BF%C3%A9rias.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-zzRe8cy5gNI/VLgjPbILkQI/AAAAAAAABlc/F0YG2nSU6Ns/s1600/Malha%C3%A7%C3%A3o%2Bdas%2BF%C3%A9rias.jpg" height="190" width="400" /></a></div>
<div class="western">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Sempre
considerei um livro uma meta a ser superada. Desde quando era criança
e frequentava uma biblioteca lá na Ilha do Governador - era Cacuia
ou Cocotá? Não lembro mais... - tinha como objetivo terminar toda
obra que estivesse em minhas mãos.</span></span></span></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Hoje
já penso diferente: "pra que vou até o fim se o começo já é
uma porcaria?"</span></span></span></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Parece
bobo mas pra mim foi revolucionário poder largar o texto a qualquer
momento. São tantas opções e tanta gente boa escrevendo que
realmente não vale a pena insistir em coisas ruins.</span></span></span></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Tive
essa constatação quando lí as 155 páginas de "Demoníaco",
de Pandora Fairel. Como entidades antediluvianas podem ser inseguras
e desorientadas como adolescentes? Porque a filha de dois dos mais
poderosos demônios do inferno rejeita os pais e se torna protetora
da raça humana boazinha e altaneira? Fiquei esperando a grande
explicação. Talvez uma pequena pista do </span></span></span><em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">insight</span></span></span></em><em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-style: normal;">
</span></span></span></span></em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">(por
que lutar pelo bem se suas raízes são do mal?). E nada. Personagens
rasos.</span></span></span></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Zumbis
X Unicórnios, de vários autores, ficou por menos da metade. Li
apenas um ou dois contos pra nossa sobrinha, a Clarinha. Se a maior
preocupação dos protagonistas é popularidade ou lutar contra o
"inóspito ambiente escolar" sinto preguiça de seguir
adiante com a trama.</span></span></span></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Pelo
título eu jamais leria "A Longa Marcha dos Grilos Canibais",
do Fernando Reinach. Dei uma chance e achei incrível!! Não concluí
ainda. São casos da ciência reescritos de forma traduzida e
atrativa. Pra além de relatórios técnicos exaustivos de revistas
científicas. Por exemplo: vc sabia que a morte surgiu muito depois
que a vida? A morte se dá por conta da reprodução sexuada. Porque
para o ser que se divide em dois, depois em quatro, em oito, em
dezesseis (e poraí vai) a morte não existe. E assim foi, durante
milhares de anos, na aurora do planeta Terra. Todos os assuntos do
livro são permeados dessas ideias fantásticas!!</span></span></span></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">E
falando em Terra, vale muito a pena o livro autobiográfico do
Sebastião Salgado. Em depoimento a Isabelle Francq o fotógrafo nos
conta seu trajeto particular, seus causos, sua militância por um
mundo melhor. É realmente uma grande pessoa, que veio ao mundo pra
fazer a diferença. Talvez por ser fã meu julgamento já esteja
comprometido."Nunca me senti superior a esses homens
supostamente 'primitivos'. Foi por isso que nunca tive a sensação
de ser um estrangeiro indo visitá-los. Pelo contrário, descobri
meus iguais e, para falar a verdade, eles me ensinaram mais do que eu
a eles." Admiro muito o fotógrafo e a pessoa Sebastião
Salgado.</span></span></span></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Provavelmente
por ser uma leitura paralela ao "Da Minha terra à Terra",
do Salgado, achei insossas as opiniões manifestadas no "Não
Conta Lá em Casa", do André Fran. Tudo bem, ele e seus amigos
foram muito corajosos de viajar pros países mais complicados do
planeta. E quem sou eu, sentado na minha confortável poltrona, para
tirar qualquer mérito desse projeto audacioso. É, inclusive, um
programa no </span></span></span><em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Multishow
</span></span></span></em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">(cujos
episódios não tive oportunidade de assistir). Leitura leve.
Transparecem os valores classe média alta de uma juventude carioca
hedonista cujas maiores preocupações são achar cerveja e sinal
wi-fi em todos os países que visitam. "A diferença está nos
detalhes. Em vez de fotos com constrangidos sujeitos travestidos de
personagens de desenho animado, você pode posar montado em um camelo
vivinho e enfeitado para a ocasião. Em vez de camisas temáticas,
você pode comprar uma autêntica burca. E o cachorro-quente, a
pipoca e os sorvetes são naturalmente substituídos por litros e
litros de água fresca" - no capítulo sobre o Irã. É
legalzim.</span></span></span></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="border: none; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">And
the Oscar goes to<span style="font-style: normal;">.</span></span></span></span></em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">..
"Castelo de Vidro", de Jeannete Walls. Uma história de
enfrentamento da vida, de seguir em frente, de família maluca (como
todas são). Nu e cru o ditado do Nietzsche "o que não lhe mata
deixa mais forte". Superação sem pieguices. Uma relato real de
uma existência com tudo pra dar errado. A cada página virada só
pensava no pior que poderia acontecer. Mas a esperança e o instinto
de sobrevivência estão lá. "Papai parecia determinado a se
destruir, e eu tinha medo de que levasse todos nós com ele".
Grande história. </span></span></span>
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-62485071259706393712014-11-23T12:45:00.001-03:002014-11-23T12:45:21.232-03:00INTERESTELLAR. FILMÃO. FILMASSO. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-9quzzjBeQ84/VHIA5EnD_FI/AAAAAAAABgc/ZGCpwqfJ5S0/s1600/interstellar-interven%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-9quzzjBeQ84/VHIA5EnD_FI/AAAAAAAABgc/ZGCpwqfJ5S0/s1600/interstellar-interven%C3%A7%C3%A3o.jpg" height="200" width="320" /></a></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">INTERESTELLAR.
FILMÃO. FILMASSO. </span>
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Contém
<i>spoilers</i> que não fazem perder a graça do filme. </span>
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mesmo
que exaustivamente destrinchado e debatido vale a pena pela
exuberante viagem visual que apresenta. </span>
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Finalmente
conseguimos assistir ao <i>Interestellar</i>, do diretor dos últimos
Batmans, o Christopher Nolan. Excelente. Apogeu da produção
cinematográfica de nossos dias. Amarra de forma envolvente as
questões contemporâneas.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Numa
primeira camada mais aparente, superficial, apresenta o drama da
destruição do mundo: nosso lar de saco cheio de nossa existência
humana, a nos expulsar de seu corpo. O planeta tomado de convulsão e
esterilidade e a necessidade de nos pirulitar. A questão <i>indivíduo
x comunidade</i> ligada aos sentimentos do protagonista: ele segue em
direção à grande aventura pra salvar sua filha através da
descoberta da viagem espacial para um planeta sadio ou é um
desbravador em busca de uma nova casa para a espécie humana?
Acrescentado coragem, inteligência, surpresas e traições entre os
personagens. Pronto, está feito um <i>blockbuster</i>. Só até aqui
já garantiu um sucesso de público. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E
segue mais ousado. As camadas mais profundas da película são:
buracos negros e distorções tempo/espaço, nossa incapacidade de
enxergar além do quadridimensional (altura, largura, profundidade e
tempo), questões REAIS de viagem no tempo baseadas n'A Relatividade
do <i>Albert Einstein</i> + “Buracos de Minhoca” do <i>Stephen
Hawking</i> (pena que só dá ir pro futuro...) e sim, ELE, o AMOR.
Eles estão do outro lado da galáxia e estão discutindo a
influência da gravidade e do mais nobre dos sentimentos, sobre como
essas coisas nos dominam, como nos afastam ou nos atraem.
Sensacional. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Interestellar
é um brinde à ficção científica. Uma obra com tantas referências
a tudo que já foi feito e falado sobre o futuro que o divertido
passa ser montar o quebra-cabeça de pecinhas de outras obras. Tá
tudo lá: os robôs inteligentes e autônomos, máquinas que vão
além de executar tarefas, companheiros indispensáveis na evolução
do homo sapiens, como nos contos de <i>Isaac Asimov </i>(seriam essas
máquinas alguma coisa entre o <i>C3PO</i> de <i>Star Trek</i> e o
<i>grande irmão</i> <i>HAL 9000</i>?). Homens e mulheres cuja
motivação os transformam em sacerdotes da ciência, despojados de
salário ou poder, como em <i>Star Trek</i> (e também a <i>Dobra
Espacial</i>, está lá,<i> Dr. Spock</i>!!). A viagem pro futuro é
o argumento principal de <i>Planeta dos Macacos</i> (série antiga).
Citar <i>2001: Uma Odisséia no
Espaço</i> é levar um tapa na cara da obviedade.
<i>Interestellar</i> seria uma refilmagem atualizada do clássico de
<i>Stanley Kubrick</i>, isto é, o filme de ontem dirigido às
perguntas de hoje, como em <i>O Dia Em Que A Terra Parou</i>? A cena
em que o protagonista chega à 5ª dimensão tem o mesmo impacto da
viagem final do astronauta de 2001. E o melhor: assistir na telona,
surround, absorvendo cada nuance de cor e som. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sempre
tive inveja da audiência dos anos 60 e 70 que foi presenteada com
obras que arrebataram corações (inclusive o meu!!). <i>Interestellar</i>
me fez sentir orgulho do momento em que estou vivo. Sem nostalgia,
porque tenho a impressão que o melhor está sendo produzido agora:
histórias incríveis + efeitos maravilhosos. E sou testemunha de
tudo isso.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-38341072418584449862014-11-09T12:02:00.002-03:002014-11-09T12:02:42.013-03:00A Dificuldade de Dizer Eu Te Amo - parte 2<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-YncR-sgsLbA/VF-BxSaFbNI/AAAAAAAABfM/si-h7z_Otg0/s1600/6055847315_e5e2349f8b_b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-YncR-sgsLbA/VF-BxSaFbNI/AAAAAAAABfM/si-h7z_Otg0/s1600/6055847315_e5e2349f8b_b.jpg" height="320" width="213" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando
você fala "eu te amo" pra alguém é como se o carimbo de
autorização à viagem ao seu coração estivesse batido no
passaporte de quem ouviu. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(não
é só o grande clássico "eu te amo". Pode ser um menos
comprometedor "eu gosto de você" ou até mesmo um inocente
"sinto saudades suas")</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ele
terá seu consentimento para escancarar as portas da sua alma. Terá
acesso aos seus medos, ao seu EU INFERIOR, penetrar nos seus sonhos
mais profundos (bons ou ruins).</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E
vai poder fazer gato e sapato, sambar na sua cabeça, esculachar seu
coração, esculhambar seus valores, falar pra todo mundo o quanto
você é ridículo por ser assim... tão fora de moda. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu
sou de ninguém</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu
sou de todo mundo</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E
todo mundo me quer bem</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu
sou de ninguém</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu
sou de todo mundo</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E
todo mundo é meu também</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(será?)
</span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Falar
"eu te amo" é sempre um tiro no escuro. Qual é a reação
de quem ouve? Todo mundo espera que seja correspondido. Mas... e se
for surpresa (boa ou ruim?), asco, constrangimento, risos
descontrolados, deboche? Rejeição? </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O
problema fundamental é que todos nós queremos ser amados. E amados
de graça, magicamente amados, sem qualquer compromisso ou recíproca
de nossa parte. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Daí
o grande sucesso do facebook, sua cultura dos <i>LIKES</i>, da
CURTIÇÃO)</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E
a solução fundamental é amar. Estimular o que temos de melhor
dentro de nós para transmitir ao próximo. Sem pensar que o amor se
acaba. Pq quanto mais se ama, mais luz e coisas boas nascem dentro da
gente. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Alguma
coisa em troca? Nada. De forma natural e pura como já fomos um dia.
</span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dizer
"Eu Te Amo" sem esperar nada do outro lado. Dizer "Eu
Te amo" de forma simples. Pq só assim seremos amados.</span></div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-45367029712782711372014-10-28T14:45:00.001-03:002014-10-28T14:47:31.680-03:00A Dificuldade de Dizer Eu Te Amo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-It_94PgAlbE/VE_V72SYOeI/AAAAAAAABcA/v_dE5nCh04Y/s1600/6244898008_f820150bed_b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-It_94PgAlbE/VE_V72SYOeI/AAAAAAAABcA/v_dE5nCh04Y/s1600/6244898008_f820150bed_b.jpg" height="320" width="228" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">Os
japoneses tem uma palavra pra descrever os desenhos das sombras e
luzes que são formadas pelo sol no chão, através das folhas das
árvores: </span><i style="font-size: 15pt;">komorebi.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">Se
você almoçou e jantou com os espanhóis e depois começaram a
conversar, a esse momento se dá o nome de <i>sobremesa</i> (não,
não é a hora de comer doces!) </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">Nós,
que herdamos esse idioma complexo e maravilhoso, o português, também
temos algumas palavras só nossas. Tipo <i>saudade</i>: a falta de
alguém que está longe. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">Talvez
seja uma dificuldade universal definir o sentido da palavra amor. E
dizer "eu te amo". Pq não vale pra todo mundo e toda
situação. Ou vale? </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">Amor
é gostar, aprovar, querer estar junto, querer ajudar. Sem querer
nada em troca. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">(Ou
querer algo em troca sim: ser amado no mesmo nível, receber cafuné,
ganhar uma almoço, viajar junto, contar problemas, buscar
compreensão, transar loucamente, etc etc etc. será?)</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">O
enigma do amor se dá pq ele não é algo palpável. O mercado/cartão
de crédito/capitalismo diz que não. Seria possível sim provar
nosso amor através das coisas que conseguimos comprar pra nosso alvo
de amor: joias caras, presentes luxuosos, mil prestações a cumprir
para provar que o que sentimos encontra páreo na realidade
existente, da matéria das coisas. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">Nosso
amor seria do tamanho de um cruzeiro marítimo ou de um anel de
diamantes, então? Acredito que nenhum dos dois. O amor não existe e
não pode ser medido ou pesado desse jeito. O amor é uma abstração
magicamente relativa. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">(e
esse é justamente o mote de "O Mundo Não é o Bastante",
19º filme do James Bond, 007)</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">O
quanto cada pessoa é capaz de amar? O quanto cada pessoa é capaz de
receber amor? Será que conseguimos retribuir todo o amor que
recebemos?</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">Como
saber que amamos?</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">Você
tira a pele, abre a caixa torácica. E vê o coração. Lá dentro
estão as esperanças, os sonhos e os medos. Acredito que é aí que
o amor está (não é o pé da letra, viu, Sr. Jack?). E talvez seja
por essas coisas - conceitos, imagens de sí e do mundo, ideias e, em
um sentido mais profundo de metafísica ou romantismo, a ALMA - que
nos atraímos.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">Existem
diversas formas de amar e que também acrescentam dificuldades em
dizer "eu te amo". </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">Eu
queria dizer "eu te amo" pros meus amigos, pras pessoas que
me rodeiam, por exemplo. Mas não dá. A conotação do amor é
sempre da união sexual. E, mesmo nesse aspecto é bastante confuso.
A gente não sabe qual a "modalidade" de amor queremos. É
muito complicado: </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">Tem
o amor que você quer, o amor que você acha que quer, o amor que
você acha que quer mas não quer mais quando enfim consegue. Existe
o amor que é seu contanto que você seja obediente, o amor que se
preocupa por não ser o bastante, amor que tem medo de ser
descoberto, o amor que teme ser julgado e descobrir-se insuficiente.
Há o amor que é quase - mas não é - forte o bastante, o amor que
faz você sentir que eles são melhores que você. O amor que só é
bom por causa da pessoa que você é enquanto está com ele. O amor
pelos animais, o amor pela natureza, o amor pelas bandeiras. O amor
de mãe (aí é assunto pra uma enciclopédia inteira. Não vamos
entrar nessa definição...)</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 15pt;">É.
Realmente é difícil dizer "eu te amo". </span>
</div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-44453763872615528822014-10-15T12:55:00.000-04:002014-10-15T13:05:12.628-04:00Como As Paralimpíadas de Pequim Mudaram Minha Vida - parte 1<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.bulhosa.pt/images/products/00000191446.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.bulhosa.pt/images/products/00000191446.JPG" height="320" width="202" /></a></div>
<br />
Quando recebi o convite de fazer uma pequena palestra através do projeto do <a href="https://www.facebook.com/ossobucobsb?ref=ts&fref=ts" target="_blank">Ossobuco</a> tive vontade de falar sobre as <a href="https://www.facebook.com/fototirinhas" target="_blank">FotoTiras</a>, meus quadrinhos sobre fotografia.<br />
<br />
Mas aí eles me pediram pra encaixar uma história dentro da estrutura narrativa do mono-mito ou "A Jornada do Herói".<br />
<br />
E o que é "<i>A Jornada do Herói</i>?"<br />
<br />
É uma história que segue determinadas "chaves" para ser contada:<br />
<br />
1 - O herói, uma pessoa comum, é levado a sair de sua cabana ou castelo cotidiano. É atraído/levado ou se dirige voluntariamente.<br />
<br />
(exemplo: a necessidade de água no povoado, a resolução de um enigma, um resgate de honra, o reconhecimento de um problema, predestinação, consanguíneo divino, etc)<br />
<br />
2 - Limiar da aventura. Alí encontra uma presença sombria que guarda a passagem. O herói pode derrotar/fazer um acordo com essa força e penetrar no reino do desconhecido<br />
<br />
(exemplo: rompimento com os costumes de sua sociedade, batalha com o dragão, oferenda, encantamento, as tentações de Satanás sobre Jesus nos quarenta dias no deserto, etc.)<br />
<br />
2.1 - onde o herói pode, também, ser morto para adentrar nessa outra dimensão<br />
<br />
(exemplo: o julgamento de João Grilo no céu, em O Auto da Compadecida)<br />
<br />
3 - Além do limiar: o herói inicia uma jornada por um mundo de forças desconhecidas e, apesar disso, estranhamente íntimas<br />
<br />
(exemplo: quando Jonas penetra no ventre da Baleia e encontra outros seres vivendo lá dentro, o aprendiz de feiticeiro que descobre o que há por trás dos rituais perpetuados por séculos cuja sociedade que os executa esqueceu seus sentidos, o estudante de publicidade que reconhece os símbolos linguísticos e fórmulas de vendas para quaisquer produtos, etc)<br />
<br />
4 - O mentor ou o auxílio mágico.<br />
<br />
(exemplo: Obi Wan Kenobi, numa primeira fase e o mestre Yoda em outra, para Luke Skywalker; O Espírito Santo para José e Maria; O martelo de Odin para Thor; A ajuda divina de Zeus para Hércules; o ungüento que protegerá os argonautas contra o calor do dragão de metal que cospe fogo; o cajado de Moisés, etc)<br />
<br />
5 - A chegada ao paraíso/nirvana/conquista da consciência livre/a descoberta do tesouro/recompensa/conquista da noiva prometida/divinização/apoteose<br />
<br />
(exemplo: casamento sagrado com a deusa/deus; a iluminação de Buda debaixo da árvore sagrada; ressureição de Jesus; o personagem do jogo de God of War para Playstation 2, Kratos, se torna o novo deus da guerra; )<br />
<br />
6 - O retorno. Se as forças abençoaram o herói agora ele retorna sob sua proteção (como um emissário).<br />
<br />
(exemplo: Jesus, após desaparecer de seu túmulo, vai encontrar seus discípulos; Buda, após os 7 dias de meditação debaixo da árvore sagrada resolve viajar por toda a Ìndia para divulgar o darma; etc) <br />
<br />
6.1- Se as forças se tiverem mantido hostis ao herói - pelo roubo, por parte dele, da benção que foi buscar - é o grande momento hollywoodiano das explosões dos efeitos especiais. O retorno se transforma em uma fuga de transformação da nova realidade, perseguição ao herói.<br />
<br />
(exemplo: A destruição dos santuários sagrados em Indiana Jones e o Templo da Perdição; A erupção da Estrela da Morte em Guerra nas Estrelas; a fuga do Olimpo de Prometeus portando o fogo dos deuses; etc )<br />
<br />
7 - No limiar do retorno as forças transformadoras devem ficar para trás. O herói reemerge do reino do terror. A benção/verdade/elixir que ele traz consigo restaura o mundo. São reunidos - através do mito - ética e valores morais estipulados para a convivência harmônica da sociedade - Bíblia, Torá, Tripitaka, Vedas ou textos de tradição oral, etc.)<br />
<br />
(o estudante do interior que foi para a cidade grande, estudou e trouxe a solução para os problemas de sua comunidade; construção do cristianismo e outras religiões; fundação da sociedade, etc;)<br />
<br />
um pequeno parêntese sobre o retorno:<br />
<br />
(<i>Compreensão do Proselitismo </i><br />
<br />
O primeiro problema do herói que retorna consiste em aceitar como real, depois de ter passado por uma experiência de visão da completeza, que traz satisfação à alma, as alegrias e tristezas passageiras, as banalidades e ruidosas obscenidades da vida. Por que voltar a um mundo desses? Por que tentar tornar plausível, ou mesmo interessante, a homens e mulheres consumidos pela paixão, a experiência da bem aventurança transcedental?<br />
<br />
Cada um tem a sua verdade e é perfeitamente natural a tentativa de se "convencer" o próximo que o seu "Reino dos Céus" é o melhor e mais correto que existe. Todo mundo tem suas epifanias particulares e fala disso com bastante entusiasmo. Só é um saco quando você está dentro do ônibus sem ter para onde correr... )<br />
<br />
#<i>ENFIM</i><br />
<br />
Decidi falar então sobre minha viagem de 2008 pra China. Descrever como as paralimpíadas de pequim mudaram minha vida. E, como esse texto aqui ficou grande demais pra cá pra web, a próxima parte é a minha "jornada do herói".<br />
<br />
<i>See ya!! </i><br />
<br />
<br />
PS: o livro que conta - certinho - esses conceitos, é <i><a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=73672" target="_blank">O Herói de Mil Faces</a></i>, de <i>Joseph Campbell</i>. Mais um que vale a pena.Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-22128719067105969502014-10-13T21:09:00.001-04:002014-10-13T21:09:16.215-04:00As Valkírias, de Paulo Coelho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://farm4.staticflickr.com/3955/15345380080_8bf45944ec_b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://farm4.staticflickr.com/3955/15345380080_8bf45944ec_b.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Paulo Coelho é um autor muito esperto. A gente lê seus livros e não sabe onde começa o mito e termina a verdade. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Será que ele é capaz de fazer chover ou ventar com a força do pensamento? </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Será que a tradição mundial secreta dos bruxos, a Ordem Ragnus Agnus Mundi - RAM, existe? </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lí sua biografia (O Mago, de Fernando Morais) e muita coisa passou a fazer mais sentido em sua obra. Lá está que realmente aconteceu uma viajem ao deserto Mojave, nos Estados Unidos da América, junto de sua então esposa, Chris. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora, se durante essa jornada, apareceram mulheres vestidas de motociclistas a montar cavalos(?!) e que se comunicam com anjos... não sei. E aí é que está o charme da narrativa. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(O Harry Potter a gente sabe que é ficção - sem muita originalidade, por sinal, já que as criaturas e situações são chupadas DEMAIS dos quadrinhos Mundos da Magia (de Neil Gaiman ) + o universo mitológico do J.R.R. Tolkien. Tudo bem tomar elementos de outras mitologias pra remendar uma ausência de criatividade. O excesso é que soa como plágio. Enfim) </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O livro "As Valkírias" é sobre a busca do contato com as entidades cristãs de proteção, os anjos. São apresentados os desafios para que esse encontro possa ser concretizado: superação da sobrevivência no deserto e enfrentamento dos demônios íntimos de cada personagem. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A forma da escrita reflete a simplicidade das receitas sugeridas para uma existência em que seja encarado o desafio da lenda pessoal (tema recorrente na "literatura paulocoelhana"): não é prolixo, nem hermético ou pedante. Simples como costumam ser nossas escolhas, que vão da indiferença preguiçosa ao trabalho apaixonado. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há quem diga que é auto-ajuda, com suas receitas simples para a felicidade. Simples mas não são fáceis. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por exemplo: uma das provas para encontrar os anjos era que se renunciasse ao "acordo de não vencer quando é possível a vitória". A líder das Valkírias dá seu depoimento: </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"Um dia, quando eu era adolescente vi minha melhor amiga chorando. Saíamos juntas sempre, tínhamos um imenso amor uma pela outra, e perguntei o que se passava. Depois de muito insistir, ela terminou me contando que seu namorado estava apaixonado por mim. Eu não sabia, mas naquele dia fiz o acordo. Sem compreender direito por que, comecei a engordar, a cuidar mal de meu corpo, a ficar feia. Porque - incoscientemente - achava que minha beleza era uma maldição, fez sofrer minha melhor amiga. Em pouco tempo passei a destruir o sentido de minha vida, porque já não ligava para mim mesma. Até que chegou o momento em que tudo à minha volta tornou-se insuportável, pensei em morrer. Como vê, rompi o acordo". </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pô, quantos de nós temos "a faca e o queijo nas mãos", porém, por conta de alguma coisa mal resolvida em nossas cabeças acabamos por nos sabotar o progresso, eternamente a barrar o potencial que dispomos, a frear nossas vitórias? </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há muitas formas de fugir de nossas questões mais profundas, seja através de um consumo desenfreado, boemia auto-destrutiva ou vícios das mais variadas formas. Se a gente não se encara e não tem coragem pra resolver nossos dilemas internos nos tornamos infelizes. Sempre à espera do milagre que nos libertará, a força externa redentora que nos "consertará" e que nos trará paz e felicidade. E tudo é uma questão de mergulhar dentro de nós mesmos.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E há também quem diga que é magia pura (esqueça as encruzilhadas, vassouras voadoras ou quaisquer caricaturas de processos etéreos de manifestação terrena. Magia é comunicação, sugestão, auto-conhecimento e conexão com o próximo e/ou a natureza). </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acredito, de forma sincera, nas duas alternativas.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esse é o quarto livro do Paulo Coelho que lí. Gostei do Diário de Um Mago e d'O Alquimista. O Monte Cinco não é muito bom, é uma puta enrolação. Já as 94 páginas d'As Valkíras valem a pena!</span>Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-50169597405487196762014-09-16T09:19:00.001-04:002014-09-16T09:19:52.409-04:00Leitores Digitais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-CAk1Vx9PC_I/VBg4ViTVjYI/AAAAAAAABac/GJGUd9UWFb4/s1600/5088254388_3a32e61ab8_b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-CAk1Vx9PC_I/VBg4ViTVjYI/AAAAAAAABac/GJGUd9UWFb4/s1600/5088254388_3a32e61ab8_b.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Foto: Az/Flickr</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Minha vida mudou após comprar um <a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/ereaders/index.asp?gclid=CjwKEAjwv9-gBRD5ofn2jd2N0UUSJACcdilsE9za66RZihLVe5_iMtA0k-tpRi6fkiK0-nnwqfw7IBoC3rfw_wcB" target="_blank">Kobo</a>. Tinha resistência a ler em coisas digitais pq achava que não conseguiria me concentrar ou que precisava da "experiência analógica" da leitura (segurar o livro, ver a capa, passar páginas, etc). </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Carregar livros faz bem pra cabeça e mal pra coluna. Teria que seguir o critério da balança, nem sempre interessante, pra carregar as obras. Ao invés de levar o calhamaço de 460 páginas da Biografia do Freddie Mercury, teria de optar por "leituras leves" tipo as 135 páginas de "filosofia em 60 segundos" + 200 páginas de "Juliette Society" da Sasha Grey + algum daqueles tipo "Sartre em 90 Minutos" (geralmente bem magrinhos). E deixaria de lado OS GRANDES (tanto em sentido físico quanto intelectual). </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dei uma chance aos pixels e valeu a pena. Passei a ler muitas vezes mais. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com o kobo, tenho no bolso Paulo Francis, Slavoj Zizek, Charles Bukowski, John Reed, Marta Medeiros, Isabel Allende, Philip K. Dick, Isaac Asimov, Scott McLoud, Milan Kundera, Hannah Arendt e muitos outros. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma coisa que não se fala: se você não lê livros, de forma habitual, não espere que uma plataforma mais descoladinha de leitura vá DESPERTAR o interesse. Você certamente continuará não lendo e carregará consigo mais um gadget legal pra mostrar pros seus amigos.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O melhor momento para adquirir um leitor digital é agora. As editoras engatinham nesse mercado e disponibilizam muitas publicações para se ter um "gostinho" do que é a leitura digital. Encontra-se muita coisa de graça (e legal) aqui na web. É certo que daqui a pouco a caça às bruxas vai recomeçar (talvez a la Fahrenheit 451), do jeito que foi o debate sobre o Napster. Mas até lá a sua biblioteca já estará muito rica!</span>Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-10384637954367837092014-09-09T11:34:00.001-04:002014-09-09T11:34:29.124-04:00A Cozinha Fotográfica 08.09.2014<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Ds5h_y0dvD4/VA8dxCkTSfI/AAAAAAAABaM/m60dHk9w_1Y/s1600/Cozinha%2BFotogr%C3%A1fica%2B-%2BAndr%C3%A9%2Be%2BCleber%2B-%2Bweb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-Ds5h_y0dvD4/VA8dxCkTSfI/AAAAAAAABaM/m60dHk9w_1Y/s1600/Cozinha%2BFotogr%C3%A1fica%2B-%2BAndr%C3%A9%2Be%2BCleber%2B-%2Bweb.jpg" height="212" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">A
palestra ontem no Sindicato dos Jornalistas do DF apresentou dois
opostos: a adrenalina e deslumbramento do André Borges contra o
pragmatismo e o rigor técnico de Cleber Medeiros. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Duas
visões diferentes da profissão da fotografia. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Talvez
tenha sido com orgulho que o André nos contou que quase perdeu um
olho durante uma cobertura das manifestações de junho, aqui em
Brasília. Sem dúvida se encantou com a chance de estar diante de
sua grande pauta: cobrir um jogo da Seleção Brasileira. E ver os
três (!) lados da história: o de fora, o de dentro e o de cima do
estádio (pegou carona de helicóptero). </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Cleber
Medeiros é professor de foto, sabe pra caraca. Tem diversos livros
sobre o ofício, inclusive DVDs em que ensina diversas técnicas de
iluminação. Explicou que, em cinema, é distinto o making off e o
Still. O primeiro trata do registro das filmagens, câmeras,
refletores, luzes, atores, equipe e muitos etecéteras. Enquanto que
o segundo se concentra em simular um frame (de alta qualidade) da
película (necessário auxílio do diretor de fotografia, o foquista
e o câmera), ou seja, é um fragmento de uma cena. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Mais
uma vez o SJDF dá grande oportunidade para aprender, conhecer os
colegas e colocar a fotografia em um debate edificante! </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Valeus!</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-29426976991170508792014-09-05T11:56:00.001-04:002014-09-05T11:56:10.995-04:00Salvem os Gigantes! <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-dqZxs5EyzhA/VAnc5yAObCI/AAAAAAAABZw/35igLE3pQGI/s1600/SAU_0977a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-dqZxs5EyzhA/VAnc5yAObCI/AAAAAAAABZw/35igLE3pQGI/s1600/SAU_0977a.jpg" height="320" width="214" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Ontem, antes de dormir, queria viajar por outras realidades
(ou escapar dessa), desligar da existência no planeta Terra. Peguei o romance
oitentista "A Estilha de Cristal", ambientado em <i>fantasia-RPG-AD&D-medieval-criaturas-mágicas </i>e fui em frente.
Passei da metade já. A primeira parte foi sobre tribos bárbaras e nômades que
queriam invadir as terras da gente boa, humana, pescadora e burguesa (no
sentido primitivo da palavra, de viver em burgos e cultivar o comércio). Até aí
legal. É bacana torcer pro lado mais frágil nesse momento. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tudo bem. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A segunda parte é sobre um bando de monstros que,
influenciados por um mago malévolo (santo clichê, Batman!), pretendem marchar
rumo às cidades dos pescadores (DE NOVO os pobres homens estão numa enrascada).
E lá vão mais uma vez nossos heróis salvar o dia... </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pô.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
(a seguinte cena me chocou e finalmente entendi o humanismo
do Álvaro quando sentávamos em volta de uma mesa, tínhamos fichas de
personagens, jogávamos dados e brincávamos do faz-de-conta institucionalizado -
que é o RPG, <i>Role Play Game</i>) </div>
<div class="MsoNormal">
Os heróis invadiram a cozinha do exército dos Gigantes e,
entre carneiros assados, panelas e temperos assassinaram as criaturas, numa
emboscada terrível. Espadas decepando dedos, martelos estraçalhando tíbias,
gargantas degoladas. </div>
<div class="MsoNormal">
Os Gigantes não tiveram chance. Cara... sinistro. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Talvez tenha sido o Shrek que me fez enxergar o outro lado
da história.</div>
<div class="MsoNormal">
(ou lá atrás ainda, com o Corcunda de Notre Dame do Victor
Hugo ou o Frankestein de Mary Shelley, enfim) </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É meio estranho ter compaixão por personagens fictícios, eu
sei. Mas... se os Gigantes tinham uma cozinha, preparavam comida (inclusive com
temperos. É, no mínimo, um refinamento gastronômico), eles tinham fome, sentiam
sede e se sentiam sozinhos (porque sempre andam em grupos no livro). Devem ter
uma mãe e um pai e irmãos, da raça Gigante. Foram crianças, cresceram, seguiram
sua cultura e... foram assassinados pelos "heróis". OK, no romance
são apresentados como uma raça belicosa e desprezível. No final das contas são
os MONSTROS. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas... será que não poderia ser de outro jeito ? </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O livro nem terminou e já estou a inventar um outro caminho,
distinto dessa violência toda: os heróis poderiam descobrir os motivos da
presença dos Gigantes alí (os monstros estão longe de seu habitat). A
investigação levaria ao mago malévolo. E a questão seria resolvida com quem tem
responsabilidade genuína no problema da futura invasão das cidades humanas.</div>
<div class="MsoNormal">
Inclusive até imaginei uma missão humana para firmar contato
com essas raças discriminadas. Criar um comércio, sei lá. Imagina vender
artesanato gigante. Ou contratar mão de obra goblin pra montar produtos numa
linha de produção fordista? Ou alugar passeios em pégasos? Utilizar minotauros
na construção civil ?? Seria muito mais vantajoso para todos. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas aí a fantasia sobre Idade Média, com todos seus
arquétipos junguianos de compreensão dos mitos, perderia o sentido. Seria um
mundo de harmonia e globalização. E se não queremos isso aqui, muito menos nos
contos de fada, né? </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
:-( </div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-81424011194828761802014-09-03T23:18:00.004-04:002014-09-03T23:18:56.219-04:00Estudo sobre Sebastião Salgado.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-Z3OqR7hYBjk/VAfZqny2YMI/AAAAAAAABZg/4SHg4cZpTbs/s1600/Estudo%2Bsobre%2BSebasti%C3%A3o%2BSalgado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-Z3OqR7hYBjk/VAfZqny2YMI/AAAAAAAABZg/4SHg4cZpTbs/s1600/Estudo%2Bsobre%2BSebasti%C3%A3o%2BSalgado.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O
fotógrafo de 70 anos é ateu. Da melhor postura niilista: se nada
existe, vamos fazer alguma coisa. Nem sempre foi assim. Antes era o
mundo cão traduzido em belíssimas imagens de milhares de gradações
entre o preto e o branco. O ensaio sobre Serra Pelada foi uma (senão
a primeira) das expressões fotográficas autorais que tive contato.
Você pode não gostar da estética ou do tema. Mas aquelas fotos
jamais passam despercebidas.
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Sebastião
Salgado esteve ontem no CCBB de Brasília. Trouxe luz e esperança
para uma plateia composta, em sua maioria, de estudantes, estudantes
de fotografia, fotógrafos e fotógrafos estudantes.
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Ele foge
da postura de herói ou messias da verdade. Além de afirmar, a todo
momento, que "minhas fotografias sozinhas são nada" e sua
esposa (parceira de vida e de labuta), equipe (laboratoristas,
assistentes, produtores, etc) e o conglomerado de instituições
públicas, privadas e comunidades (indígenas ou não) é que são
importantes. Essa união, cuja amarração é sua nova exposição,
Gênesis, é que é o objetivo final.
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
E não é
da boca pra fora. Através de seu Instituto Terra, restaurou a Mata
Atlântica no Vale do Rio Doce. Contou que a cicatrização da terra
leva ao surgimento espontâneo de água, fauna e flora. Que espécies,
supostamente extintas, ressurgiram na floresta refeita. Seria mágico
se não fosse verdade.
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
"A
Natureza nos transformou em ecologistas". Da prática a teoria,
da experiência ao atestado da capacidade que temos de salvar o
planeta. Que é possível sim dar marcha a ré na fim do mundo. E que
tem que ser rápido. Porque daqui a pouco serão os extraterrestres
que divulgarão poraí o mais novo animal desaparecido do universo: o
ser humano.</div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-17690854063387887372014-07-04T14:08:00.001-04:002014-07-04T14:12:41.796-04:00 "A Peste" de Albert Camus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-zCSQ69y1O2U/U7bs7E-QF8I/AAAAAAAABWc/zqfix7cUoYU/s1600/camus-peste.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-zCSQ69y1O2U/U7bs7E-QF8I/AAAAAAAABWc/zqfix7cUoYU/s1600/camus-peste.jpeg" height="320" width="218" /></a></div>
<br />
"A princípio, quando achavam que era uma doença como as outras, a religião tinha prestígio. Mas quando viram que o caso era sério, lembraram-se do prazer. Toda angústia que se pinta durante o dia nos rostos se dissolve então, no crespúsculo ardente e poeirento, numa espécie de excitação desvairada, numa liberdade desajeitada que inflama todo um povo"<br />
<br />
É um livro razoável. <br />
<br />
("uau, cara, como você fala isso da grande obra de Albert Camus??")<br />
<br />
Talvez eu não tenha maturidade para entender a profundidade do romance. Embora admita que há passagens iluminadas:<br />
<br />
"O mal que existe no mundo provém quase sempre da ignorância, e a boa vontade, se não for esclarecida, pode causar tantos danos quanto a maldade"<br />
<br />
" A peste, é preciso que se diga, tirara a todos o poder do amor e até mesmo da amizade. Porque o amor exige um pouco de futuro e para nós só havia instantes"<br />
<br />
Talvez se a peste transformasse as pessoas em mortos-vivos ( a exemplo do mash-up de "Orgulho & Preconceito & Zumbis ) a obra ficaria mais interessante. Tem umas coisas bem escrotas:<br />
<br />
"Dois golpes de bisturi em cruz, e dos gânglios escorria uma pasta sangrenta. Os doentes sangravam. Mas surgiam manchas no ventre e nas pernas, um gânglio deixava de supurar, depois tornava a inchar. Na maior parte das vezes o doente morria exalando um cheiro terrível"<br />
<br />
Enfim, tive certeza que, se procurasse ler outro livro, a Peste de Albert Camus ficaria de lado, abandonada.<br />
Fiquei esperando a grande reviravolta e ela não veio. Achei que ia todo mundo morrer ou que alguém seria o herói que salvaria geral.<br />
<br />
Sem spoilers. Parando poraqui. :-BSaulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-22260590946962381492014-04-18T11:16:00.000-04:002014-04-18T11:16:08.291-04:00O LEGO do Inferno<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Você não vai acreditar. Talvez eu esteja ficando maluco mesmo. Mas foi assim: na volta do trabalho, ia muito tarde pra casa. Me sentia culpado por deixar de estar junto de meu filho tanto quanto ele merece. Passei numa dessas lojas de brinquedos e comprei um kit dos mais luxuosos de LEGO. Era viagem espacial, tinha certeza que meu filho iria adorar!</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
O pequeno já me esperava triste. Achava que eu tinha esquecido dele.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Mesmo cansado sentei no chão pra montar o brinquedo com ele. O manual explicava onde cada peça se encaixava pra montar um foguete bacana.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Tinha um bonequinho de um índio, perdido entre as peças. Achei estranho, esperava um astronautinha, um ET, alguma coisa do gênero. Mais ou menos um índio: tinha um arquinho e flechas nas costas, mas se vestia meio de samurai ninja, um chapéu pontudo, de frio. Tinha os olhos puxados, um cavanhaque e uma cara assustada, o que era mais esquisito ainda.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Possivelmente era algum erro de montagem lá na fábrica. Trocaram as peças em algum momento da embalagem final.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Exausto, fui dormir antes de concluir. Pela manhã não tinha um foguete ou uma nave. O moleque montou um monstro terrível, pôs o índio assustado, fugindo e olhando para trás. Ele é uma criança muito inteligente, poderia montar o foguete até sem manual. Mas preferiu construir outra coisa, de sua imaginação.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Na outra semana havia prometido que veríamos juntos "Piratas do Caribe" na Tela Quente. O problema é que estamos com problemas na empresa e saí tarde mais uma vez. De novo comprei um kit de LEGO, maior ainda, cujo tema era o Tempo das Cavernas.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Cheguei em casa, sentamos no chão, os dois com sono mas empolgados pela caixona de mais de mil peças para ser desbravada.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Quando retirei o pacote de peças do plástico caíram dois bonequinhos. Um, todo de preto, com uma terninho e uma gravatinha borboleta também preta. Ele era negro e tinha óculos de armação grossa. E o outro tinha uma fardinha branca, cheia de medalhas, um quepezinho. Pensei que era o SuperMárioBros por causa do bigode. A semelhança entre os dois eram as carinhas muito assustadas.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Mais uma vez me retirei pro quarto. Por mais que me esforçasse não terminaria nem a primeira parte do kit.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Sem aula no outro dia, era feriado. Meu garoto passou a noite inteira montando dinossauros bizarros que perseguiam os dois personagens aterrorizados.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Na hora de meu intervalo de almoço fui a loja de brinquedos. Perguntei ao atendente se alguém já tinha reclamado da troca de peças do LEGO. Os cenários vinham completos mas os bonecos não faziam parte da cena. Ele me disse que ninguém havia falado nada. Para não perder a viagem comprei mais um kit. O tema era o Fundo do Mar.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Como já esperava, mais bonequinhos anacrônicos, deslocados do assunto do jogo. Vieram três: um chinês gordinho, calvo, numa roupinha cinza. O outro tinha um turbante, uma barbinha negra e um casaquinho de exército. O terceiro me fez perceber, afinal, o que estava acontecendo: ele tinha aquele cabelinho de lado, o bigodinho curtinho, uma roupinha bege e a suástiquinha no bracinho. Expressões de horror em cada carinha.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Aquela noite larguei os bonequinhos, entreguei tudo ao meu filho. Ele parecia não se dar conta de nada. Estava feliz com tantas peças e todas as probabilidades de monstros que poderia montar.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Fui dormir.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Pela manhã, a cena que o menino montou era muito mais criativa e diabólica que todas as anteriores: os bonequinhos em torturas terríveis, na boca de bestas gigantes ou desmantelados em um caldeirão cheio de outras pelas LEGO.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Se o inferno eterno existir, é possível que Deus tenha criatividade infinita para suas punições...</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
FELIZ PÁSCOA. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Kd8lDCr4Eq8/U1FBru5SqAI/AAAAAAAABSg/zhrzykZr5ng/s1600/tumblr_n2y111ycBY1srpuc4o1_1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-Kd8lDCr4Eq8/U1FBru5SqAI/AAAAAAAABSg/zhrzykZr5ng/s1600/tumblr_n2y111ycBY1srpuc4o1_1280.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-12514883899862157262014-04-09T19:01:00.000-04:002014-04-09T19:01:43.631-04:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-XZj-0xceILU/U0XQq6-SlFI/AAAAAAAABSI/alwd4BvVQQ0/s1600/wendel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-XZj-0xceILU/U0XQq6-SlFI/AAAAAAAABSI/alwd4BvVQQ0/s1600/wendel.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Wendel é um Hunter
Thompson do cerrado. Só que não escreve. Fotografa. Hoje fotografa.
Antes fazia torta alemã, vendia seguros, foi atendente em hotel, fez
faculdade de administração e defendeu que o empreendedorismo pode
ser ensinado. Entregou a monografia em 15 dias.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Wendel correu 50
quilômetros de bicicleta antes de nos encontrar. É apaixonado por
ciclismo e planeja pedalar os 700km da canela da Itália. Sem falar
qualquer língua além do brasiliense. A história sobre duas rodas
não é só curtição: foi atropelado por uma van, se fudeu todo. E
seguiu em frente. Cobriu parte das cicatrizes com tatuagens.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Wendel não tem cabelo.
Usa óculos de grau forte e tem orelhas alienígenas, pontudas. Não
tem freio, está sempre a 200 por hora, acelerado. Comeu Nutela com
biscoitos de champanhe, cortou o mato em volta da bananeira filhote
que plantou da outra vez. Fumou três cigarros. Descascou cana,
dividiu comigo.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Wendel folga às sextas
e segundas. Tem ajudado na construção do estúdio do Igor Estrela e
feito parceria no "Relicário de Memórias", projeto
comercial de casamento & fotografia com a Lia de Paula. Ela fez
fotos nossas, aproveitou os raios dourados do final do dia.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Wendel quer comprar um
contêiner pra fazer uma casa bacana e botar pra alugar, lá no Alto
Paraíso. 500 reais o final de semana.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Wendel quer largar tudo
e fotografar surf e viver na praia.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Entrada 46, mais ou
menos uma da manhã</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
do dia 21 de outubro do
ano de dois mil e
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
treze da graça do
Senhor. Horário de verão.</div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-50739873783805350232014-03-04T02:14:00.003-04:002014-03-04T02:22:31.686-04:00Robocop & Filosofia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/--VSbGTb0uDo/UxVuswFPWtI/AAAAAAAABOY/ShQVpLnL_X8/s1600/SAU_7284+-+fb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/--VSbGTb0uDo/UxVuswFPWtI/AAAAAAAABOY/ShQVpLnL_X8/s1600/SAU_7284+-+fb.jpg" height="212" width="320" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Cinema Goiano
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Domingo passado tive
uma boa surpresa em Formosa, Goiás. Cidadezinha do interior, 80km de
Brasília. Eles tem um cinema. E é excelente. O som vem de todos os
lados, cadeiras confortáveis, mega tela. Só um probleminha: não
exibem filmes legendados. Admito que, ouvindo aquelas vozes da sessão
da tarde, esperei algum "hey, vamos chamar os TIRAS!" ou
"pessoal, temos companhia..."
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Robocop, um filme de
filosofia.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Eu e Maísa assistimos
ao Robocop, do Padilha (diretor brasileiro, famoso pelo Tropa de
Elite). É uma película que ultrapassou todas as minhas
expectativas. Dentre as perguntas levantadas nessa ficção
científica a que proponho discutir aqui é sobre quem somos nós,
do ponto de vista material e/ou imaterial.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A cena que me despertou
pra essa questão foi quando o policial Alex Murphy acordou após
sua “reconstrução” e o cientista responsável pelo projeto do
Robocop mostrou a ele sua condição: um cérebro exposto em uma
cabeça com uma traqueia ligada a um sistema respiratório. E tem uma
mãozinha lá embaixo, onde seria o braço. Soa como uma piada do
tipo "salvamos o que deu".
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Talvez todos os homens
que tenham se colocado no lugar de Alex Murphy fizeram a mesma
pergunta: "CADÊ MEU PINTO?"
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
(Ou fariam outra
pergunta: "E agora, o que será de mim?")
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
QUEM SOMOS NÓS?
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Vou dividir o mundo em
dois tipos de pessoas:
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
1 - As que acreditam
que somos o corpo que habitamos. E, quando esse corpo morre, é o fim
definitivo.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
2 - As que acreditam
que somos uma consciência extra corpo ou alma. E, quando esse corpo
morre, é um fim temporário (até arranjar outro corpo ou ficar
circulando poraí ou voltar ao plano das consciências extra-corpos)
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
As pessoas do tipo (1)
estariam numa enrascada séria. Pq se somos nossos corpos cada
pedacinho é importante para nós. Somos o que temos (barriga
tanquinho, ombros largos, cabelos ruivos, etc) e o que parecemos
(atleta, atraente, diferente, etc). Se sou exatamente meu corpo, sou
"menos eu" se perder um dedo, ou, terrível, posso perder
40% de mim se tiver de amputar as pernas. Começo a deixar de ser eu
a medida que meu cabelo cai, engordo, passo a envelhecer. Tal como
mulheres que se sentem menos mulheres devido a procedimentos de
retirada de mama por conta de risco de vida. O "eu" entra
em decadência, não sou mais o que fui um dia. Vou deixando de ser
eu lentamente até parar de existir com a morte do corpo que sou.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Por outro lado, pessoas
do tipo (2) teriam maior clareza em lidar com o fato de terem poucos
pedaços de sua constituição física anterior devido a consciência
de que estão além de uma estrutura carnal. Será que as memórias,
aprendizados, nossa opinião e o que achamos que é nossa
personalidade são só interações elétricas entre os neurônios?
Renascer num novo corpo seria uma oportunidade para as pessoas tipo
(2). Pq nossos valores, aspirações, o “eu” intacto e completo
estão presentes numa nova concepção de existência.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Ser ou Não Ser</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
De certa forma a gente
já vive algo parecido ao tipo (2). Fica mais fácil de entender o
Facebook: você interage com uma porção de logaritmos travestidos
de pixels que acha que são outras pessoas. Por exemplo, você fala
(escreve) comigo mas não lhe ouço (leio). Vê uma carinha sorrindo
e pensa que sou eu sorrindo. Ou um “kkkkk” e imagina que estou
gargalhando. É uma emulação de quem eu sou, o verdadeiro Saulo que
está longe dalí, alma ou extra corpo, já que o Facebook é como se
fosse o corpo material. É real.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Torço pra que o Murphy
seja o tipo (2) com força. Deve ser difícil pro cara acordar e ver
que tá sem seu pinto …</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-70002718656031944192014-02-10T09:59:00.001-03:002014-02-10T09:59:08.047-03:00DeUsEs bRasiLeiRoS I a IV<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
I</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Foi alí naquele barzinho, o Beirute. Maísa havia levantado para ir ao banheiro. Fiquei a observar a fauna da cidade, um desfile dos coxinhas, undergrounds e patricinhas. </div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Percebi uma menina tipo hippie do Lago Sul. Olhava fixo pra mim. Seus olhos eram uma cor indefinida entre o verde e o azul. Brilhavam emoldurados pelo seu rosto bronzeado e seus cabelos negros com pontas douradas. Brinquinho de pena, camisa larga da feirinha da Torre de TV, saia jeans meio desfiada (e curta), bolsa de couro cru e sandália rasteirinha.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Antes que eu pudesse disfarçar, virar a cabeça, ela se aproximou, puxou uma cadeira e se sentou. Olhou fundo nos meus olhos, soltou uma fumaça de um cigarro que eu não havia tinha visto. E disse, sem rodeios: </div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Oi, eu sou Exu. </div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
II</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Você quer dizer que é de Exu, no Maranhão.. Pernambuco, acho. É isso? </div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Sou Exu, das encruzilhadas, Tiriri, Tranca Rua, Veludinho, Arranca Toco, Vira Mundo, Caveira. </div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
(ué, Exu não era aquele de paletó branco, de cavanhaque?) </div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Esse é o que te falaram que sou. </div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
(eita, caraca, lê pensamentos essa maluca)</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Preciso dos seus serviços.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Que serviços?</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Você não é retratista? Preciso que você fotografe uns deuses em extinção... </div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
III</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
O Exu-menina-hippie-do-Lago-Sul puxou sua bolsa. Tirou um charuto, uma vela vermelha e uma garrafinha tipo souvenir de Ypioca, foi espalhando essas coisas na mesa do Beirute. Sorriu. Parece que encontrou o que procurava. Tirou e abriu a mão perto dos meus olhos. </div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Sabe o que é isso?</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Er... um filme? 35 milímetros, 36 exposições, Agfa ou Fuji?</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Quase. É um filme. E só tem 5 fotos pra bater. Cada chapa é especial, pra cores especiais.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Nunca ví.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Exatamente. É pra fotografar coisas que não se vê. </div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
IV</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
O filme era mesmo estranho. Não tinha marca definida, indicação de ASA/ISO/DIN ou algum "Made in China". </div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Fique com ele. Nós voltaremos a nos falar. Não quero arranjar confusão com Maísa.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
(como ela sabia?)</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Apanhou as coisas da mesa, enfiou na bolsa, tomou de uma talagada só sua cerveja. "Essa é por minha conta", piscou, mandou um beijo e foi embora. Três segundos depois Maísa apareceu. </div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- QUEM É AQUELA MULHER?</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
- Xii ... </div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-55398537212243917442014-01-06T00:53:00.001-03:002014-01-06T00:53:24.681-03:00Leituras do Recesso<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://24.media.tumblr.com/tumblr_mc3v6jPIWC1rcaoh8o1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://24.media.tumblr.com/tumblr_mc3v6jPIWC1rcaoh8o1_500.jpg" height="320" width="235" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt;">Uma
viagem começa com a decisão do que levar e, principalmente, o que
deixar para trás. Para percorrer os dois mil e duzentos quilômetros
até a península de Cabedelo, na Paraíba, além da excelente
companhia de Dona Nini, Seu Jesus, Clarinha e minha garota, a Maísa,
tive também música e leitura das melhores qualidades.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><i>Nos
ouvidos</i></span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;">O
disco "Vamo Batê Lata" d'Os <b>Paralamas do Sucesso</b> ,
de 1995, era inédito pra mim (só conhecia o que tocava na rádio).
Com releituras empolgantes dos clássicos (Meu Erro, A Novidade e
outras) é energia explosiva ao vivo complementado com finas
composições de estúdio (como a belíssima Esta Tarde). Entre uma
faixa e outra ouvi também o audiolivro <b>"</b><b>Tudo
o que você precisa saber sobre Umbanda"</b>
de Janaína Azevedo. Faço a ponte entre a religião e a música:
essas duas obras são a máxima expressão da brasilidade. O Caboclo
das Sete Encruzilhadas e versos como "Vamo de tamanco pro
cubano/No aperto do abraço do suvaco do pão/Quatro sete sete cinco
meia/No batuque samba funk da alegria arrastão" são provas que
temos sim uma cultura única, temos sim elementos só nossos. </span></span></span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><i>Livros
Concluídos</i></span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;">O
divertido "<b>Férias"</b>,
da Marian Keynes. A garota do interior escocês encantada com as
luzes da cidade de Nova Iorque é arrastada pro mundinho fácil das
festas, drogas e relações amorosas fast-food. É internada numa
clínica de dependentes (alcoolátras, toxicômanos, viciados em
jogos de azar, comida, etc) e a história é sobre a convivência com
os outros internos e seus dramas, os flashbacks da intensa curtição
da <i>naite</i>
norte-americana e a relação com sua família (que é um capítulo a
parte, pois são cinco irmãs, personagens delicionamente distintas +
os conflitos que todos nós temos com nossos pais). </span></span></span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="" name="firstHeading"></a>
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;">Lacan
foi um psicanalista francês, que difundiu o retorno a Freud. Seu
pensamento é difícil de entender e suas palavras carregadas de
significados exclusivos dentro de sua obra. "<b>Como Ler Lacan</b>",
do <span lang="pt-PT">Slavoj Žižek (adoro esse cara, é tipo um
Chacrinha da sociologia) oferece um bom começo pra interpretar o
Super Eu, o Outro, Sujeito Suposto Saber e outras coisas lacanianas.
Žižek utiliza, por exemplo, a criatura de Alien, o 8º passageiro
para explicar a “pulsão de morte” freudiana, em Lacan “A
Lamela”, a libido indestrutível, que assume um sem-número de
formas, a natureza sublimada em uma “corporificação pesadelar do
reino natural”. </span></span></span></span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span lang="pt-PT"><i>Livros
Iniciados</i></span><span lang="pt-PT"> </span></span></span></span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="" name="firstHeading1"></a>
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span lang="pt-PT">No
último dia de 2013 tive uma grata surpresa: ganhei de presente, da
Dona Nini, o fantástico </span></span></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span lang="pt-PT"><b>“Wild
Cards 2, Ases nas Alturas”.</b></span></span></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span lang="pt-PT">
Já havia terminado fazia algum tempo sua primeira parte, o Wild
Cards 1 e, junto do “A História Secreta da Marvel” foram os
livros do universo nerd que mais tive gosto de ler em 2013. Como bom
fã de Philip K. Dick e Isaac Asimov sempre gostei das histórias
sobre robôs, o eterno conflito criador-criatura, tão bem
representado em </span></span></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span lang="pt-PT">Assim
falou Zaratustra, do </span></span></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span lang="pt-PT"><span style="background: #ffffff;">Nietzsche
e imortalizado em Frankenstein, da Mary Shelley. Em “Wild
Cards 2, Ases nas Alturas” estou a acompanhar Modular, um robô
humanóide cheio de recursos (super força, voo,
semi-invulnerabilidade, invisibilidade, </span></span></span></span></span><em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span lang="pt-PT"><span style="font-style: normal;"><span style="background: #ffffff;">intangibilidade,
raciocínio ultra-rápido) que assimila em sua estrutura
computadorizada de consciência um programa de sentimentos e razões
humanas inserido por seu criador para que pudesse enfrentar melhor
“os inimigos da sociedade”. O programa cria uma série de
questionamentos e faz com que o andróide queira amar, provar
bebidas, tente buscar o significado da existência. Existem outros
personagens e tramas, entretanto, essa história do Modular tem me
chamado mais a atenção. </span></span></span></span></span></span></em>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="" name="firstHeading3"></a><a href="" name="firstHeading2"></a>
<em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span lang="pt-PT"><span style="font-style: normal;"><span style="background: #ffffff;">Não
sei nadar. Somente através do clássico “</span></span></span></span></span></span></em><em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span lang="pt-PT"><span style="font-style: normal;"><b><span style="background: #ffffff;">Vinte
Mil Léguas Submarinas”</span></b></span></span></span></span></span></em><em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span lang="pt-PT"><span style="font-style: normal;"><span style="background: #ffffff;">,
do visionário Júlio Verne, posso mergulhar e observar os recifes
permeados de corais, a vida em todas as suas formas e cores. É um
romance cujo cenário é o ecossistema marítimo. Perigosos
cachalotes, agressivos tubarões, baleias gigantes, pesca submarina
de ostras, tesouros de navios afundados, esses elementos de histórias
de piratas e mar estão todos lá. E vai além, é ficção
científica, nos apresenta o submarino e o mergulho com unidades
individuais de oxigenação, o </span></span></span></span></span></span></em><em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span lang="pt-PT"><span style="font-style: normal;"><span style="background: #ffffff;">Aqualung,
</span></span></span></span></span></span></em><em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span lang="pt-PT"><span style="font-style: normal;"><span style="background: #ffffff;">muito
antes do </span></span></span></span></span></span></em><em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span lang="pt-PT"><span style="font-style: normal;"><span style="background: #ffffff;">Jacques
Cousteau. O que considero fundamental na história é o poder da
inventividade humana, resumida nessa frase do personagem narrador, o
Professor Aronnax:</span></span></span></span></span></span></em></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span lang="pt-PT"><span style="font-style: normal;"><span style="background: #ffffff;">"A
descoberta da existência do ser mais fabuloso e mais mitológico não
teria surpreendido mais a minha inteligência. Que venha do Criador
tudo o que é prodigioso, espera-se. Mas encontrar de repente, diante
dos nossos olhos, o impossível realizado misteriosamente pelo homem,
confunde as ideias. E no entanto, era verdade"</span></span></span></span></span></span></em></div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-47513697745482135852013-11-17T21:45:00.001-03:002013-11-17T21:45:24.457-03:00Novas Câmeras, Princípios de Sempre<div style="margin: 0 0 10px 0; padding: 0; font-size: 0.8em; line-height: 1.6em;"><a href="http://www.flickr.com/photos/saulocruz/8291680236/" title="todo mundo tem um amigo fotógrafo"><img src="http://farm9.staticflickr.com/8221/8291680236_57b5009751.jpg" alt="todo mundo tem um amigo fotógrafo by Saulo Cruz" /></a><br/><span style="margin: 0;"><a href="http://www.flickr.com/photos/saulocruz/8291680236/">todo mundo tem um amigo fotógrafo</a>, a photo by <a href="http://www.flickr.com/photos/saulocruz/">Saulo Cruz</a> on Flickr.</span></div><p>Toda semana lançam uma câmera nova. Sensor isso, megapixels aquilo. E segue o compra compra. O furor consumista não é novidade do meio fotográfico (que, aliás, é sempre reinventado, sempre mil lançamentos no mercado inquieto). O pretexto atual : a evolução veloz da informática em todas as áreas, do algoritmo que transforma milho em sucrilhos perfeitos a carros carregados de transístores inteligentes (embora a utilizar combustível fóssil, um paradoxo do discernimento de nossos tempos). No caso da fotografia, a explosão da projeção na internet. <br /><br />As câmeras hoje reconhecem rostos, fazem foto em infravermelho, montagens panorâmicas, fotografam diretamente em 3D. Estão cada dia mais simples de manusear, leves e ergonômicas. Trazem lentes potentes, que pegam da família + avós e agregados até as asas caleidoscópicas da libélula. Células de iluminação satisfatórias, imagens claras com bons flashs. Sem falar nos telefones móveis com opções de edição em softwares específicos com dezenas de filtros, compartilhamento instantâneo na rede mundial. Tudo no próprio aparelho. Muita tecnologia, beirando magia, dentro de nossos bolsos. <br /><br />Hoje temos as mesmas questões de sempre só que tão bem misturadas em outros contextos que parecem alienígenas e pedem “outras” respostas. <br /><br />Desde que descemos das árvores e descobrimos a capacidade de tornar abstração em prática não há nada de novo debaixo do Sol (talvez armas nucleares que podem extinguir a humanidade sejam uma verdadeira inovação).<br /><br />E as respostas já estão aí. Só que muita gente ainda não ouviu, talvez deslumbradas com esse “admirável” mundo novo que querem nos vender a todo instante.<br /><br /> A fotografia tem seus pilares fundamentais, tanto de temas (família, retrato, natureza, reportagem, etc) quanto de verdades físico-mecânicas. Tudo muda mas os preceitos primordiais são os mesmos: uma caixa que guarda seu interior da luz. E seus ajustes de entrada de luz (ou f-stop ou diafragma), tempo de exposição à luz (velocidade) e quantidade necessária dessa luz (ASA ou ISO ou sensibilidade). E só.<br /> <br />Se passarmos a entender essa essência nossas fotografias farão um salto do carvão ao diamante. É dentro desses três elementos simples (diafragma, exposição e sensibilidade) que trabalharemos quaisquer assuntos. Do aniversário infantil na casa do vizinho ou as Paralimpíadas na China. <br /><br />É da interação desses três fatores que recortaremos fragmentos da existência, congelaremos a vida, reconstituiremos a realidade sob nossos olhos.<br /><br />E tudo o mais que eles querem agregar valor ao camaro... ups! Agregar valor às novas câmeras se tornará secundário porque o fundamental já está dentro de nós.</p>Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6302051428414796126.post-84589668795402897112013-11-05T01:22:00.001-03:002013-11-05T01:22:39.674-03:00F100<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-jRn3VWzK4Gk/UnhyFNYGiwI/AAAAAAAABJ4/WkxqwdQ9ASs/s1600/MUSA-MUNCH.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-jRn3VWzK4Gk/UnhyFNYGiwI/AAAAAAAABJ4/WkxqwdQ9ASs/s320/MUSA-MUNCH.jpg" width="246" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Expressionismo: A Musa de Munch</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Alguns anos
atrás fui a São Paulo. Encontrei com meu camarada Luba.</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A noite ia
legal, resolvemos visitar um casal amigo dele. A gente fala um bocado
de fotografia, o que temos todos em comum. Eu vivo disso, pago o
aluguel digitalizando o mundo. Daí que surgem umas fotos da última
viagem. Uma visita à um museu de Berlim, capital da Alemanha.
Fizeram fotografias utilizando a técnica pinhole. Cara, achei tudo
uma merda. Fiquei impressionado o quanto eles gastaram dinheiro para
trazer imagens tão ruins. Fiquei chocado.
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Só hoje
entendo o que eles queriam expressar.</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Aliás, essa
palavra, EXPRESSÃO, tem tudo a ver com o que quero dizer: o
Expressionismo foi o movimento de pintura que nasceu após a
fotografia. Diziam que a máquina fotográfica poderia reproduzir com
maior eficiência e de forma mecânica a realidade, supostamente sem
a intervenção emocional do autor. E os pintores ficaram livres pra
fazer do jeito que quisessem suas telas, colocando cores fortes e
linhas tortas sem compromisso com a realidade. Uma pessoa teria
tantos retratos diferentes quantos fossem os artistas que o
representassem. Porque essa pessoa despertaria diferentes emoções
em cada autor.
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Daí entendi
aquelas imagens produzidas a partir de pinholes. Eram fortes e
mágicas porque eram realmente únicas. Produzidas por aquelas mãos
em particular, <i>daquele jeito</i>. Distantes sim da realidade. Em
tempos de <i>google </i>e bancos de imagens gigantescos, quem precisa
de uma imagem perfeitinha, corretinha, insossa e careta vai
encontrar. Exclusividade e criatividade não.
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A nova e
inquestionável revolução é a película tornada digital. Temos
essas câmeras de muitos e muitos megapixels. Temos a possibilidade
de avançar a nitidez e exatidão da fotografia para além de
qualquer sonho do melhor laboratorista de revelação fotográfica.
As imagens podem ser capturadas cada vez com menos luz, com menos
ruído, com maior gama de cores e correção cromática. A perfeição
existe.</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Mas... você
quer ser perfeito?
</div>
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<br />
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Comprei uma
Nikon F100. A última produção analógica da marca. A despedida do
formato 35mm. Saltei quatorze anos de volta no tempo.
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
E pra quê?
</div>
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<br />
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Se precisar
de imagens perfeitas, uso tudo o que há ao meu alcance profissional
técnico e instrumental.</div>
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<br />
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
E a verdade
é que, como comentei com o Chico, quero treinar a acuidade, a
perspicácia sobre a luz. Desejo fazer fotos estudando cada
exposição, sem milhões de fotos da mesma coisa. Prefiro relaxar e curtir a viagem. Sem preocupação com
correções, arquivos brutos, backups, envios, compartilhamentos e a
alta qualidade como se cada clique despretensioso da janela do carro
tivesse de ser uma campanha cinematográfica.
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<br />
</div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Revelar
tudo, ver o que ficou legal. Fazer cópias pros mais chegados. E
saber que o mais importante foi o momento que se viveu ao invés do
momento que se registrou.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Saulo Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08079991506192560029noreply@blogger.com2