quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Uma Câmera Nikon e um Lightroom na Cabeça

(Escrevi esse artigo para a diretoria da empresa em que trabalho, explicando meu método para cobrir a Festa do Divino Espírito Santo em Pirenópolis, Goiás)

Ao retornar para nosso quartel general, a Exemplus, descobri que minhas máquinas estão trabalhando no horário de verão passado. Embora seja apenas um efeito deletério menor de negligência cronológica, é extremamente necessário sincronizar os horários de todos os equipamentos fotográficos que venham a contribuir com o registro da Festa Divino. A forma como a imagem é organizada em nosso computador torna imprescindível termos horários corretos. A dinâmica do PARAPAN fora de que necessitávamos fotografar assuntos diferentes por fotógrafos diferentes onde a organização autoral e cronológica fora fundamental. Separamos as imagens por pastas cujos nomes pertencem aos seus criadores fotógrafos. A dinâmica de Pirenópolis mostra-se plena de oportunidade de trabalho primoroso: a imagem produzida não convém de urgência jornalística e trata-se de documentar assuntos iguais com ligeiras modificações. Por exemplo: os Terços Cantados compõem-se dos mesmos personagens em localidades diferentes.
Sendo assim optei por arquivar, editar e exportar as fotografias utilizando tão somente o software completo de gerenciamento de arquivo imagético, o Adobe Photoshop Lightroom.
Possuo, neste laptop que trabalho, um diretório raiz espelhado no diretório interno do software. As pautas são organizadas de forma cronológica. Os assuntos atemporais – como a fauna e flora encontrada, a produção artesanal, as Igrejas Matriz, dos Pretos e do Carmo, os cavaleiros não-oficiais a passear pelas ruas, enfim, todos os demais registros de identidade pirenopolina estão catalogados por assunto. Existe uma lógica de introdução de palavras chaves nos próprios arquivos que é bastante prática.
O Lightroom garante a integridade qualitativa das fotografias, pois não processa o arquivo original de imagem. É sempre necessário exportar uma segunda cópia editada do que se alterou nos bits da jpeg. Ideal para pós- produção de imagem já que se pode ousar em presets já estabelecidos ou aberrar ao extremo os valores da imagem sem perigo de perder o ficheiro original.
O fotógrafo tem seu nome gravado nos metadados do arquivo jpeg – ou raw, tiff ou qualquer outra extensão gerada – no momento em que arquiva (ou "baixa") suas fotografias no laptop. O resgate da informação do autor da fotografia é bem objetivo. Além desse cuidado, há ainda a visualização rápida de detalhes importantes já no nome do arquivo. Um exemplo de nomenclatura de arquivo de imagem: 20080323_SC_4814, onde "20080323" trata-se da data que a fotografia fora feita, "SC" as iniciais do fotógrafo, neste caso eu mesmo quem vos escreve, Saulo Cruz. E, por fim, "4814" é o número original do arquivo produzido pela máquina fotográfica.
Como medida de segurança, tomei o devido cuidado de copiar todas as imagens fotográficas já produzidas por nós em nossa biblioteca digital: o HD de quase um Terabyte da Exemplus. Esse HD está funcionando satisfatoriamente agora que opera sob os auspícios de um sistema operacional (Windows XP). O segundo passo poderia ser o de começar a montar nossa biblioteca física de imagens – falo da gravação de DVDs - onde finalmente haveríamos de utilizar o programa PROFITAS – me corrija se o nome estiver com grafia incorreta.
É necessário sincronizar o trabalho de nossa unidade veicular de computação com o destino final do armazenamento da imagem que é nosso HD especial. Para isso estou a utilizar um simples recurso do próprio Windows, o sistema de Porta-Arquivo. Ele comunica as duas pastas dos dois computadores, avisa quais alterações foram feitas e espera aprovação para a atualização do conteúdo. Por enquanto produzimos da Festa de Pirenópolis 10 Gb em arquivos ou 3.100 fotografias, como preferir.
Meu objetivo na criação de um método de organização é tornar o resgate de informação um processo prático, tendo em vista o sentido histórico de nossa entidade publicitária e comunicativa. Os diretórios organizados de forma cronológica e por cliente trazem pouca informação consigo. A não ser que pensemos em formas de lançar post-its nas pastas de armazenamento, o Ligthroom ilumina todas as questões do processamento fotográfico. Claro que existem lacunas, mas é conveniente saber que o programa encontra-se na versão 1.3. Há muito que se explorar ainda.
A estrutura geral do arquivo fotográfico permanece inalterável – separação por cliente e ordem cronológica – porém executando o Lightroom se tem um relatório completo de autor, hora, ISO, Lentes, temperatura de cor, gráfico tonal e outras informações técnicas.
É importante travar maiores colóquios com o fotógrafo Christophe Scianni para a correta uniformização de procedimentos fotográficos para que se possa bem utilizar nossa biblioteca digital. Apesar de que minha pessoa não seja mais tão bem vista no andar da direção da empresa.
Por enquanto é só.
Atenciosamente,
Saulo Cruz

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