Tenho muito carinho pelos atletas paraolímpicos. Eles são uma grande pauta fotojornalística. Trabalhei com esses caras por uns dois anos. Viajamos juntos quase pelo país todo.
Um momento em especial me emociona.
Aeroporto de Guarulhos, 2007. Esperávamos pelo voo internacional pra China, na fila de embarque da aviação que nos levaria a princípio pro Canadá (um pulinho lá e depois pra Honk Kong). Nesse momento estávamos reunidos nossa equipe de imprensa do CPB mais diversos outros jornalistas brasileiros.
E então eles surgiram.
Cadeirantes em alta velocidade, marchas de muletas, acenos sem mãos, passos de pernas artificiais, sorrisos sem ver, negros, brancos, mulatos, índios, mamelucos, homens, mulheres. Cariocas, paraíbas, curitibanos, paulistas, paraenses, gaúchos e outros ainda. alegres, cheios de vida e carregados de potencial vencedor. Era uma onda verde, amarela, azul. Alguns eu cumprimentei, conhecia a maioria. Outros não tinha visto ainda... nenhum parou. Eles nos atravessaram, senti-me como na cena final de 2001 Uma Odisséia no Espaço (aquele caleidoscópio de luzes). Pensei "nada pode deter esses caras".
E não fiz uma fotinha sequer disso.
(a foto ao lado é um link para a galeria de minhas fotografias das competições escolares dos Paraolímpicos aqui em Brasília-DF)
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