O cigarro era uma coisa espetacular.
Já foi receitado como parte de tratamento para transtornos nervosos, ansiedade. Remédio pro nosso stress tão cotidiano.
O mundo foi inteiramente adaptado ao fumo. Os escritórios, repartições públicas, restaurantes. Todos contavam com o cinzeiro. Do pobrezinho de plástico do botequim ao de porcenala da Dinastia Ming nos gabinetes palacianos.
E aí, do nada, tudo mudou. Não sei o motivo. Talvez seja pq muita gente começou a morrer. Chaminés humanas, foram o que as pessoas começaram a se tornar. E o sorriso colgate era impossível.
Será que acontecerá o mesmo com a carne, os hambúrgueres, os fast foods? Entupindo nossas veias, nos infartando, nos deixando trêmulos e babando após um AVC?
Será que será assim com o carro? Nos deixando sedentários, nos transformando em animais de quatro rodas. Machucando, aleijando e matando?
Será que será assim com o consumismo? A nos forçar a possuir o que não precisamos? A comer pra aliviar a tensão, a comprar pra nos sentirmos felizes, a nos "atualizar" para não sermos ultrapassados? A nos tornar superficiais. Idiotizando gerações e gerações em torno de produtos descartáveis. Produtos que só serão eternos nos aterros sanitários, a solução jamais definitiva.
Não sou militante do verde ou dos animais. Acredito na raça humana como mais uma espécie vivendo sob o céu e a terra de um planeta finito. Precisamos conviver para sobreviver. Negros, brancos, rinoncerontes, brócolis e cascalho.
Talvez seja uma questão simples. O que faz mal deveria ser descartado. Pq nos mata.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Mentiras e Evolução.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Escreva sua opinião. Obrigado.