Querida Maísa!!
A viagem não foi lá essas coisas. Fiquei no meio do meio do avião. Sem chance de ver uma paisagem, a TV estava quebrada, enfim, nada pra fazer (esqueci de comprar um bom livro). De um lado um inglês mal humorado. Atrás de mim um cara barbudo que prendeu os pés no cobertor que coloquei deibaixo da poltrona. Foi engraçado: ele puxava o cobertor e arranquei de uma vez. Acho que ele queria ficar com um extra. Encarei o voo como um detento numa prisão. Sobrevivi.
A mulher da imigração me achou meio estranho. Tinha, alí, três personagens: o do passaporte (de cara limpa), o da credencial (meio barbudo e cabeludo) e o real, barbudão e de cabelo cortado. Deixou passar.
Ficamos um tempo ainda no aeroporto pra esperar o resto da equipe. O taxista ficou meio puto e queria cobrar a mais. Sem trato. Seguimos muito rápido e aos solavancos comigo fazendo clic clic pela janela. Estranhei o volante estar à direita e tb toda a ordenação consequente no trânsito.
Te liguei rapidinho da área VIP do Aeroporto do Galeão, no Rio. Fiquei muito deslumbrado e queria lhe contar tudo. Mas estava rodeado de gentes ricas cheias de esnobismos e fiquei com vergonha...
Jantamos em um restaurante italiano. Despencamos pelas estações de metrô, baldeação em cima de baldeação, pra chegar lá, a linha do UNDERGROUND londrinho é infinita!!
A equipe Superar estava completa. Falavam empolgados de tudo o que haveria por acontecer, discutimos fotografia, mostrei meu portfolio. Tomei dois chopps do Stela Artois, uma delícias. Comi uma entradinha de tomates em cima de torradas, depois uma lazanha pequenininha porém ultra saborosa e uma sobremesa esquisita de frutas com flan e calda de pêssego. Grande noite gastronômica.
A hora que voltamos o metrô já tinha fechado uma das estações em que iríamos descer. Fizemos duas baldeações e tomamos um daqueles ônibus clássicos de dois andares. Pensei "quem diria, o filho de Dona Rita dando um rolê poraqui..."
Tô exaustos. Iríamos sair pra comprar sabonetes e outras coisas mas tínhamos de chegar na hora do outro lado da cidade, pro jantar com o Instituto Superar.
A cobertura em que estamos hospedados é tudo aquilo e muito mais, amorzão. Parecia tão pequena nas fotos... é enorme. E tudo do jeito que apareceu lá na web. O casal morador é meio como a gente e fez a casa dos nossos sonhos (parece a realização de muitas de nossas conversas). Eles mexem com arte, tem muitos livros a respeito. Tem tênis descolados e usam gel de banho vegano (o de morango dá vontade de comer e o de hortelã faz a pele formigar, uma delícia).
Vou lhe escrevendo!!
Te amo, amor!!
"quem diria, o filho de Dona Rita dando um rolê poraqui..
ResponderExcluirNinguém, teu caminho é você quem faz, parabéns meu amigo!!