A paisagem entre Chile e a Argentina. Os grandes montanhas de negresco, rios de gelo derretendo. Os caracoles: pistas em zigue-zague de desenho animado, difíceis de acreditar, esquisitas de se ver. A terra infinita, a perder de vista. Milhares de pixels gastos escaneando cada nuance de degradê das cadeias montanhosas. Deslumbrante.
Na imigração você tem que descer, seguir em fila, passar por dois guichês de dois países. Não é rápido. Enquanto isso, o vento gelado é um bálsamo após horas enfurnado no ônibus. Desci com casaco, touca e cachecol nas mãos, queria ver até quanto aguentava esse frio "polar". Abri os braços, levantei a cabeça e senti o sol tímido, menções de calor aconchegante. Gostoso.
Gira a taça, oxigena. Cheira: frutado, adocicado... ou o que for. O perfume é uma informação a mais, importante. Escolhe se descarta ou bebe. Tomar vinho deixou de enfiar goela abaixo. É quase um esporte. La dolce vita.
Na Cordilheira dos Andes, lado argentino, subíamos e subíamos. A cidade e os problemas pra trás. Uma parada. Paredão de pedras, fosso gigante formado na intempérie de milhares e milhares de anos. A natureza bruta livre das preocupações humanas. Silêncio. Eco. Brincadeira de gritos primeiro. Depois o silêncio invencível. A paz avassaladora.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Trip dos Sentidos
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