Wendel é um Hunter
Thompson do cerrado. Só que não escreve. Fotografa. Hoje fotografa.
Antes fazia torta alemã, vendia seguros, foi atendente em hotel, fez
faculdade de administração e defendeu que o empreendedorismo pode
ser ensinado. Entregou a monografia em 15 dias.
Wendel correu 50
quilômetros de bicicleta antes de nos encontrar. É apaixonado por
ciclismo e planeja pedalar os 700km da canela da Itália. Sem falar
qualquer língua além do brasiliense. A história sobre duas rodas
não é só curtição: foi atropelado por uma van, se fudeu todo. E
seguiu em frente. Cobriu parte das cicatrizes com tatuagens.
Wendel não tem cabelo.
Usa óculos de grau forte e tem orelhas alienígenas, pontudas. Não
tem freio, está sempre a 200 por hora, acelerado. Comeu Nutela com
biscoitos de champanhe, cortou o mato em volta da bananeira filhote
que plantou da outra vez. Fumou três cigarros. Descascou cana,
dividiu comigo.
Wendel folga às sextas
e segundas. Tem ajudado na construção do estúdio do Igor Estrela e
feito parceria no "Relicário de Memórias", projeto
comercial de casamento & fotografia com a Lia de Paula. Ela fez
fotos nossas, aproveitou os raios dourados do final do dia.
Wendel quer comprar um
contêiner pra fazer uma casa bacana e botar pra alugar, lá no Alto
Paraíso. 500 reais o final de semana.
Wendel quer largar tudo
e fotografar surf e viver na praia.
Entrada 46, mais ou
menos uma da manhã
do dia 21 de outubro do
ano de dois mil e
treze da graça do
Senhor. Horário de verão.
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